O maior produtor de suínos da China, Wens Foodstuffs Group Co., equipou nove novas fazendas para a criação de porcos no primeiro trimestre e tem dezenas de outras em construção, informou Wen Pengcheng , presidente honorário da empresa. O objetivo é triplicar a produção nos próximos quatro anos.

Como outros grandes produtores, a Wens está despejando bilhões de yuans em novas fazendas de suínos, com a finalidade de conquistar participação de mercado, na medida em que o setor se recupera, depois que a doença destruiu cerca de 60% do rebanho suíno do país no ano passado.

“As novas fazendas foram equipadas, apesar da epidemia da Covid-19, que atingiu o pico na China no início deste ano, desacelerando as atividades em muitas regiões, pois os trabalhadores ficaram em casa para impedir a propagação do vírus”, disse Pengcheng em resposta por e-mail à Reuters.

O executivo, que também é delegado no parlamento da China, afirmou que a empresa quer aumentar sua produção para 56 milhões de suínos até 2024.

A Wens foi duramente atingida pela Peste Suína Africana, uma doença mortal que atinge os porcos, e para a qual não há cura nem vacina. As vendas de suínos, segundo a empresa, caíram 17% em 2019, para 18.5 milhões de animais, e diminuíram 62% no primeiro trimestre deste ano, depois de uma baixa na criação de leitões no segundo semestre de 2019.

“As fazendas recentemente equipadas produzirão 1.2 milhão de porcos por ano. Outros 79 projetos com capacidade para produzir 7.75 milhões de porcos e 260 milhões de frangos por ano estão em fase de elaboração”, disse Pengcheng.

“A Peste Suína Africana ainda é o maior desafio para a recuperação da produção suína do país”, declarou o executivo, acrescentando que a Wens montou uma nova divisão de aves aquáticas, que se tornará seu terceiro maior negócio depois de porcos e galinhas.

 

Reuters