Meses atrás o AviSite indicou que a principal beneficiária dos efeitos da Peste Suína Africana na China seria a própria avicultura chinesa, “única capaz de preencher (embora parcialmente) a lacuna causada no abastecimento local”.

Pois segundo o USDA, após três anos de quedas, a produção chinesa de carne de frango deve se recuperar em 2019 e atingir a 13.8 milhões de toneladas, o que significa que volta a superar a produção prevista para o Brasil, de pouco mais de 13.6 milhões de toneladas.

Para dar melhor ideia sobre a dimensão da expansão chinesa, basta observar que a produção global prevista pelo USDA para este ano, de aproximadamente 99.6 milhões de toneladas, irá corresponder a um incremento anual pouco superior a 4%.

Pois o aumento chinês está próximo de 18% e não cessa em 2019. Para 2020 é previsto um volume em torno de 15.8 milhões de toneladas, 14,50% a mais, ou um aumento de 35% em apenas dois anos. Com esse nível de evolução, a participação chinesa na produção mundial, de 12,20% em 2018, sobe para 15,30% em 2020.

E o Brasil? Bem, de volta ao terceiro posto, a produção brasileira cresce mais de 2% ao ano em 2019 e 2020, o que, diga-se de passagem, é pouco em relação à expansão chinesa. Assim, a participação brasileira na produção total, de 14% no ano passado, tende a recuar para 13,50% no próximo ano.

 

AviSite