Um fato, em especial, foi destaque no mercado de animais vivos em junho corrente: pela primeira vez na história, o preço médio do suíno ultrapassou, na média do mês, a marca dos R$ 100,00 por arroba. Não era sem tempo, pois o máximo anterior até 2018, R$ 95,76/arroba, foi registrado em fevereiro de 2017, ou seja, há mais de dois anos.

Determinada pela demanda externa surgida em consequência do surto de peste suína africana que afeta particularmente a China, a valorização do suíno tende a alcançar, também, o frango vivo e o boi em pé. Mas essa possibilidade permanece, por ora, no campo das expectativas.

Em outras palavras, frango e boi estão fechando junho de 2019 com ligeiro recuo de preço. De menos de 1% o boi; mas de quase 5% o frango. De toda forma, o frango vivo obtém no semestre valorização de quase 30% em relação ao mesmo período de 2018, enquanto a valorização do boi não chega a 8%. Já o suíno completa o semestre com ganho muito similar ao do frango: + 28,23%.

Esses desempenhos, porém, sofrem sensível alteração quando a base de comparação é o primeiro semestre de 2017. E a principal constatação é a de que o preço médio do suíno neste ano ficou menos de 1% acima da alcançada dois anos atrás. E como o ganho do boi está próximo de 10%, o melhor resultado recai sobre o frango, cujo preço atual está 26% acima do registrado no primeiro semestre de 2017.

É preciso notar, no entanto, que essa vantagem é apenas aparente. Pois, no mesmo período, as duas principais matérias-primas do frango, milho e farelo de soja, acumulam variação de preço muito similar, de 24,67% e 22,05%, respectivamente.

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