O frango vivo comercializado no interior paulista percorreu todo o mês de agosto com a mesma cotação alcançada em 18 de junho passado. Dessa forma, no sábado (31/8) completou 75 dias cotado a R$ 3,30/kg, valor que representa um aumento de 10% em relação aos R$ 3,00/kg de um ano atrás.

A estabilidade de preço não significou estabilidade de mercado. Esperava-se para o mês um maior dinamismo na procura, já que agosto marca o reinício do ano letivo e o fim das férias de parte da população. Isto, além de contar com uma data comemorativa, o Dia dos Pais.

Porém, o mercado manteve o mesmo comportamento anterior, ou seja, remunerou pela cotação referencial o frango vivo pré-negociado, mas continuou sujeitando a descontos – variáveis, conforme as necessidades das partes -, as ofertas spot, vindas especialmente de integrações como estratégia para manter os preços do frango abatido.

Neste último caso também não funcionou dentro do esperado, pois, no final do mês, o frango abatido acabou retrocedendo aos menores valores do ano e, na média mensal, alcançou valor nominal superior apenas ao registrado em janeiro.

Voltando especificamente ao frango vivo, registrou, em oito meses, valor médio de R$ 3,27/kg, resultado que supera em cerca de 24% os R$ 2,64/kg verificados entre janeiro e agosto do ano passado.

Sem levar em conta, ainda, a inflação que vem se acumulando em 2019, os R$ 3,27/kg atuais correspondem ao segundo melhor resultado real obtido pelo frango vivo nos últimos dez anos. Ou seja: estão, aquém, somente, da remuneração obtida em 2013, ano em que, deflacionada pelo IPCA do IBGE, a média registrada foi quase 3,50% maior.

 

AviSite