Depois de evoluir à média muito próxima de 7,5% ao ano entre 2000 e 2010, na presente década a produção brasileira de carne de frango vem registrando incremento médio inferior a 1,50% ao ano.
Na década passada, a primeira do século XXI, o setor registrou desaceleração anual em apenas dois momentos: por ocasião do surto de Influenza Aviária que, em 2006, assustou praticamente todo o planeta e reduziu drasticamente tanto as exportações como o consumo do produto; e em 2009, em decorrência da crise econômica mundial eclodida no ano anterior e que, dez anos depois, ainda não foi superada, pois continua a mostrar diversos desdobramentos.
Mesmo assim, a expansão média da década passada – em comparação ao volume de 2000, quando a produção ainda não havia chegado aos seis milhões de toneladas, ficou próxima de 7,5%. Ou seja: quando a década terminou, o volume produzido havia aumentado cerca de 106% em relação ao que fora registrado dez anos antes.
A década seguinte, a corrente, começou promissora, pois o volume alcançado em 2011 subiu perto de 4,5% em comparação ao ano anterior. Mas foi só. Pois nos três anos seguintes (2012 a 2014) a produção ficou aquém da registrada em 2011, só registrando nova e ligeira recuperação em 2015. A partir daí, no entanto, permanece praticamente estagnada, com variações anuais mínimas.
Em comparação ao último ano da década passada, o volume apontado para 2017 correspondeu a uma expansão, próxima de 1,5% ao ano, índice que tende a recuar ainda mais se considerado também o presente exercício.
O USDA, por exemplo, projeta para 2018 uma produção de carne de frango da ordem de 13,550 milhões de toneladas, cerca de 0,5% a menos que no ano passado. Caso esse volume se confirme, o incremento médio dos oito primeiros anos da corrente década ficará reduzido a 1,2% ao ano.
Fonte: AviSite