Ciência e Tecnologia

Por Adeildo Lopes Cavalcante

Ciência e Tecnologia2020-05-27T13:29:02-03:00
2101, 2021

Tocantins tem o primeiro banco ativo de material genético de peixes nativos do Brasil

O núcleo  Pesca e Aquicultura da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) acaba de colocar em funcionamento, em Palmas, no estado do Tocantins, o primeiro Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de peixes nativos do Brasil, direcionado especificamente para dar suporte à aquicultura.

O plantel é formado por centenas de peixes vivos, além de um banco genético conservado em nitrogênio líquido e ultrafreezers a 80 graus negativos.

“O BAG inicia suas atividades conservando principalmente três espécies estratégicas para o setor aquícola: o tambaqui (foto), o pirarucu e a caranha, as quais serão mantidas in situ (vivas) e ex situ (por meio de material genético – sêmen preservado),” diz o pesquisador do  núcleo, Luiz Eduardo Lima de Freitas, coordenador do projeto.

Ele explica que o objetivo do BAG é apoiar a realização de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias e inovações para a aquicultura nacional, além de iniciar a implantação de um banco de germoplasma para conservação das espécies nativas da região amazônica.

As novas instalações ocupam uma área aproximada de três hectares com 32 tanques escavados: 27 destinados à manutenção dos peixes, um para abastecimento dos viveiros, dois para recepção dos animais e duas unidades para tratamento de efluentes (resíduos) industriais.

Foto: Embrapa

1901, 2021

ABCZ registra primeiros clones da raça Gir

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) registrou os dois primeiros animais da raça Gir obtidos através da técnica de Transferência Nuclear, popularmente conhecida como clonagem. Os registros foram realizados na fazenda Brasília, localizada no município de São Pedro dos Ferros, em Minas Gerais.

Na oportunidade, foram registradas duas bezerras com pouco mais de 60 dias de idade, clones da matriz Lusíada, reconhecida campeã em pista e em torneios leiteiros. As bezerras (Lusíada de Brasília TN1 e Lusíada de Brasília TN2) foram registradas pelo técnico da ABCZ João Eudes Lafetá Queiroz. A empresa que produziu os clones foi a Cenatte.

Segundo Flávio Lisboa Perez, diretor administrativo da Fazenda Brasília, a matriz lusíada foi escolhida para doar material nuclear para dar origem aos clones por ser um dos maiores valores genéticos da fazenda Brasília, primeiro pela excelente produção e em segundo pelo fato de suas progênies (descendentes) terem superado as qualidades da matriz. “Esperamos que estes dois animais transmitam a seus descendentes as mesmas qualidades da lusíada”, diz Perez e acrescenta:

“Esta vaca é mãe de grandes matrizes Gir leiteiro, entre elas, Surpresa, Deusa, Estreia e União de Brasília, todas elas campeãs nas pistas de julgamento e em torneios leiteiros”.

Foto: Fazenda Brasília

Foto (Luzíada, mãe dos clones)

1801, 2021

Engenharia agrícola: surge novo kit de irrigação de pastagem por aspersão

Especializada no desenvolvimento, produção e comercialização de equipamentos de irrigação,  a NaanDanJain projetou e lançou no mercado um kit de irrigação de pastagem que oferece ao criador  ganho de produtividade e mais recursos com redução de custos.

Projetado no formato de kit para facilitar o transporte dos equipamentos, o produto é de fácil montagem e não exige a abertura de valetas. A novidade apresenta outra vantagem: pode ser utilizada a noite, gerando economia de energia elétrica. Ela tem baixo consumo de energia (2,5 CV por hectare), segundo a empresa.

A irrigação por aspersão consiste na reposição de água ao solo de forma controlada e uniforme em quantidades suficientes para as pastagens, para que alcancem o máximo de produtividade.

O kit foi um dos destaques da edição 2019 da Agrishow, uma das maiores feiras de agronegócio do mundo, realizada anualmente em São Paulo.

Foto: Divulgação

1501, 2021

Unesp cria sistema para geração de energia com resíduos da criação de frango

Resíduos de frango que seriam descartados por granjas podem ser utilizados para gerar energia elétrica por meio da produção de biogás. Um equipamento desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, separa os dejetos em partes líquidas e sólidas, melhorando o desempenho dos biodigestores.

“A proposta é transformar a criação de animais em sistemas sustentáveis de produção”, declarou o pesquisador Airon Magno Aires, que desenvolveu o equipamento durante sua tese de doutorado em zootecnia na Unesp.

Segundo Aires, o produtor de frangos de corte necessita, em média, de 26,5 quilowatt-hora de potência por cada galpão da granja. Com esse invento, um galpão de frangos de corte pode gerar 65.250 metros cúbicos de biogás, os quais podem ser convertidos em 110,1 megawatts de energia.

As granjas também costumam utilizar lenha para aquecer os galpões durante os primeiros 15 dias de vida das aves. “Com a substituição da energia da lenha pela do biogás, a redução de gases de efeito estufa pode chegar a 8 toneladas de gás carbônico equivalente ao ano por galpão”, destaca.

A geração de biogás ocorre pela utilização de micro-organismos para degradação da matéria orgânica contida nos resíduos. Esse processo gera um composto de gases que pode ser convertido em energia. De acordo com o pesquisador, a novidade desse trabalho é que, antes de colocar os dejetos no biodigestor, é feito um pré-processamento, separando-os em líquido e sólido

Foto: Unesp

2312, 2020

Ração com erva-mate para boi melhora qualidade da carne

Misturar uma pequena quantidade de extrato de erva-mate à ração do gado de corte pode ser suficiente para produzir uma carne com mais benefícios à saúde, mais agradável ao paladar e com maior prazo de validade.

Essa foi a conclusão a que chegaram pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Copenhague (capital da Dinamarca) dentro de um projeto que durou três anos.

Na pesquisa, os efeitos do consumo do mate foram estudados em um plantel de cerca de 50 cabeças de gado, que receberam um extrato da erva em proporções de 0,25% a 1,5% do total de sua ração.

Segundo os pesquisadores, fixou constado que não houve mudança no peso dos animais; além disso, verificaram, através de teste sensorial feito com cem pessoas, que a carne se tornou mais macia.

Além da USP e da Universidade de Copenhague, participaram do projeto a Empresa Brasileira de Pesquisa Agopecuária (Embrapa) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Foto: Divulgação

2212, 2020

Esalq desenvolve programa de computador (software) para diminuir custos com rações

Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), ligada à Universidade de São Paulo (USP), desenvolveram um sistema capaz de minimizar os custos com a ração bovina.

O programa foi desenvolvido com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e de uma parceria da Esalq com a Universidade Cornell, situada em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Para utilizar o RLM, o usuário insere informações sobre as características de seu rebanho, citando raça, sexo e peso do animal, dentre outras. Com base nestes dados, o software utiliza alimentos cadastrados em sua biblioteca e informa qual método ideal de disponibilização das rações com baixos custos.

Há também a possibilidade de o usuário do RLM adicionar ao programa outros alimentos que não constam na biblioteca original do software.

O RLM destina-se a fabricantes de rações, consultorias e empresas de assistência técnica ligadas aos criadores de bovinos.

2112, 2020

Agroindústria de leite de cabra de Minas Gerais obtém registro para venda em todo o país

Há 15 anos, Marli Alves, junto com a família, começou uma criação de cabras leiteiras no município de Itaguara, região metropolitana de Belo Horizonte. Até então a família se dedicava à criação de vacas. Mas eles decidiram comprar algumas cabras e foram se adaptando à nova atividade. O negócio cresceu, construíram uma agroindústria familiar de pequeno porte para produtos derivados do leite de cabra, e se destacaram no mercado de Minas Gerais, obtendo prêmios nacionais e internacionais.

Uma das conquista foi o registro de habilitação sanitária concedido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), com a inclusão no Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi), que padroniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal no país. Com a inclusão no Sisbi, os produtos do capril podem, agora, ser comercializados em todo o território nacional. É a primeira agroindústria familiar de pequeno porte de leite de cabra a conseguir este feito em Minas Gerais.

A agroindústria produz principalmente queijos finos. São cerca de 150 quilos por semana, com destaque para o queijo maturado, frescal, temperado, padrão e cremoso tipo Boursin. Mas na agroindústria familiar, também são produzidos doces, manteiga, leite pasteurizado e iogurte.

Foto: IMA/MG

1812, 2020

Codevasf instala unidades de extração de mel em contêineres no Norte de Minas

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) instalou, no Norte de Minas Gerais, cinco unidades de extração de mel em contêineres (foto) para impulsionar a apicultura na região

As estruturas estão localizadas nos municípios de Pedras de Maria da Cruz, Bocaiuva, Guaraciama, Montes Claros e Francisco Sá e são dotadas de meios para extração do produto, como centrífuga, mesa desoperculadora e tanques decantadores. A capacidade de processamento de cada unidade está estimada em 70 toneladas de mel por ano.

José Dilson Durães, presidente da Associação dos Apicultores de Francisco Sá, é um dos 250 produtores beneficiados diretamente com esse projeto da Codevasf, que contou com investimento da ordem de R$ 345 mil. A gestão dos contêineres ficará a cargo das associações de apicultores dos municípios.

“Agora, todo o mel extraído nessas unidades será de alta qualidade, em razão de podermos utilizar os equipamentos necessários, com maior higienização durante a manipulação do produto”, diz o produtor.

Para Alex Demier, da Superintendência Regional da Codevasf, em Montes Claros (MG), a instalação de contêineres representa uma inovação.
Segundo ele, caso haja viabilidade operacional, a intenção é que novos contêineres sejam instalados na região.

“Esse tipo de estrutura apresenta algumas vantagens em relação à construção em alvenaria. A primeira é o preço, que chega a ser 40% mais barato, e a segunda é que não depende de documentação e regularidade da área onde será implantada, o que não ocorre quando a Codevasf realiza uma obra, em que tais exigências são indispensáveis”, esclarece Demier.

Fonte: Codevasf

1612, 2020

Pampa: nova raça de cavalo desenvolvida por criadores brasileiros

A raça é fruto do cruzamento entre várias raças, destacando-se as brasileiras Campolina, Mangalarga Marchador, Crioulo e Mangalarga e e já conta com um órgão para gerí-la: a ABCPampa (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pampa).

Segundo a ABCPampa, a nova raça se caracteriza por possuir bela pelagem malhada e apresenta outro diferencial: o cavalo (de sela) é ideal para o lazer – passeios, turismo equestre, cavalgadas e enduros.

A ABCPampa tem por finalidade fomentar a criação do cavalo Pampa em todo o país, congregando criadores, proprietários e usuários.

Além disso, tem a incumbência de realizar e supervisionar o Serviço de Registro Genealógico e promover exposições e leilões e apoiar pesquisas, simpósios, congressos e seminários em torno do cavalo Pampa.

212, 2020

Vetoquinol lança produto para controle de parasitas internos e externos que atacam o gado

Ampliando sua linha de produção, a Vetoquinol, que atua no ramo de saúde animal, desenvolveu e lançou no mercado um antiparasitário injetável (Bullmax premium) para controle de parasitas internos e externos que atacam o gado, como vermes, carrapato e a mosca-dos-chifres, provocando elevados prejuízos aos criadores, pois reduzem a produção de carne e de leite.

“A novidade da Vetoquinol é ideal para os criadores que buscam acelerar o ciclo pecuário com produtividade e lucratividade”, diz Humberto Moura, gerente de produtos de animais de produção da empresa. E acrescenta:

“ O novo produto é uma solução eficaz, principalmente para a fase de recria, acelerando o desenvolvimento e encurtando essa importante fase, levando os animais mais rapidamente ao abate ou à fase reprodutiva”.

 

Segundo Moura, “o antiparasitário é de fácil aplicação (injetável via subcutânea); ele possui ótimo rendimento no manejo de tratamento, ou seja, um frasco de 500 ml trata 83 animais de 300 kg de peso vivo”.

112, 2020

Carne de ema é fonte alternativa de proteína animal e pode ter aceitação comercial

A conclusão é da aluna de mestrado Letícia Cristina Costa e Silva, da Universidade Paulista, em São José do Rio Preto (SP). Por meio de estudo da composição físico-química e de análise sensorial da carne de ema, ela identificou o alimento como uma fonte alternativa satisfatória de proteína de origem animal.

A análise da composição da carne revelou que a gordura dos músculos da ema tem maior valor biológico do que a do frango, por apresentar quantidades consideráveis de ômega três e seis, ácidos graxos, indispensáveis para a boa condição da pele e do coração.

Em outra parte do estudo, foram produzidos, em laboratório, salsicha e hambúrguer com a carne de ema e a qualidade dos produtos foi avaliada por provadores, comprovado que, com ajustes na formulação e com uma divulgação adequada, a carne da ave pode ter uma aceitação suficiente para comercialização.

3011, 2020

Professoras da Universidade de Viçosa desenvolvem tecnologia que recupera importante proteína do leite

A tecnologia, já patenteada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), permite recuperar uma importante proteína do soro do leite (foto), capaz de reduzir desordens estomacais, secreção gástrica e inibir placas bacterianas e de cáries dentárias.

Ela foi desenvolvida pelas professoras e pesquisadoras Rita de Cássia Superbi de Sousa e Jane Sélia dos Reis Coimbra da Universidade Federal de Viçosa (UFV), localizada na cidade do mesmo nome na zona da mata de Minas Gerais.

A tecnologia viabiliza, por meio da utilização da resina hidroxiapatita, que a indústria de laticínios recupere o glicomacropeptídeo (proteína), conhecido como GMP e presente no soro leite.
De acordo com as professoras, atualmente um grande volume de soro de leite é descartado por indústrias de laticínios.

“No entanto” explicam, “esse soro é rico em proteínas de altos valores nutricional, funcional e tecnológico. Dentre elas está o GMP, que é usado na regulação do apetite, tratamento de cáries, alimentação para pacientes fenilcetonúricos (doença relacionada a uma alteração genética rara), entre outras aplicações”.

Além de recuperar os benefícios do GMP, a tecnologia desenvolvida na UFV pode contribuir ainda com o meio ambiente. Como afirmam as professoras, o soro do leite também é altamente poluente quando descartado incorretamente.

2311, 2020

Criador de Mato Grosso do Sul produz bezerro que “salta” direto da cria para o abate

O criador de gado de corte (Nelore) de Mato Grosso do Sul, Rubens Catenacci, proprietário da Fazenda 3R, no município de Figueirão naquele estado, vem desenvolvendo um sistema inédito no Brasil de produção de bezerros super precoces, que lhe permite comercializar com oito meses um animal com média de 300 quilos.
Esse peso, em uma criação a pasto, seria atingido com o mínimo de 18 meses.

O sistema consiste no emprego de reprodutores de alto padrão genético e numa alimentação que reúne pasto e uma ração fabricada pela empresa Agroceres Genética e Nutrição Animal.

O bezerro super precoce da 3R pode tanto seguir direto para o abate ou ainda ir para a engorda em sistema de confinamento para, após um período de quatro a seis meses de engorda, atingir o peso de boi gordo, em torno de 450 quilos, e seguir para o abate.

Em qualquer um dos casos, uma etapa da pecuária convencional, a recria, quando o animal após ser desmamado, ganha peso nas pastagens e com suplementação (à base de ração), é eliminada do processo, encurtando o ciclo de produção para o boi gordo em pelo menos dez meses.

“Desse modo aumenta-se a produtividade do rebanho, a rentabilidade do produtor, a disponibilidade do produto e ainda a qualidade da carne produzida”, diz o criador Rubens Catenacci.

 

Foto: Fazenda 3 R

1811, 2020

Marfrig lança linha de carne carbono neutro em parceria com a Embrapa

A Marfrig e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançaram uma nova linha de carne bovina que recebeu o nome de marca Viva.

Desenvolvida pela Embrapa, trata-se de uma linha denominada de carne carbono neutro, oriunda  de gado criado em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta, ILPF).

Para desenvolver a marca Viva – que dá nome a diferentes cortes de carne bovina para grelha e dia a dia – a Marfrig investiu cerca de 10 milhões de reais.

A linha será comercializada de forma exclusiva em 10 lojas selecionadas do grupo Pão de Açúcar na cidade de São Paulo, e posteriormente em todo o país.

Segundo a Embrapa, “os produtos da linha Viva são provenientes de animais criados em um sistema de produção pecuária-floresta, que neutraliza as emissões de metano dentro de um protocolo desenvolvido por aquela empresa”.

“Essa compensação”, de acordo com a Embrapa, “é assegurada a partir da certificação e verificação por auditorias independentes. Além disso, o protocolo garante produtos diferenciados e de alta qualidade, bem como todos os preceitos de bem-estar animal atendidos dentro do sistema de produção”

Foto: Marfrig/Divulgação

2210, 2020

Minas Gerais passa a contar com Centro de Referência em Piscicultura Ornamental de Água Doce

 

Instalado no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), no município de Leopoldina, na Zona da Mata de Minas de Gerais, o centro é resultado de uma parceria entre a Epamig, Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O centro tem como objetivo gerar informações para a melhoria do desempenho técnico, ambiental e econômico da atividade no estado.

E vai atender piscicultores de oito municípios produtores da Zona da Mata Mineira (Barão do Monte Alto, Eugenópolis, Miradouro, Muriaé, Patrocínio do Muriaé, Rosário da Limeira, São Francisco do Glória e Vieiras).

Essa região, segundo a Epamig, tem se consolidado como polo produtor de peixes ornamentais.

A criação de peixes ornamentais popularizou-se na Zona da Mata Mineira como uma alternativa de renda para famílias de áreas rurais.  Além do clima favorável, da grande disponibilidade de água e da proximidade com os grandes centros, a região tem atraído um grande número de produtores, principalmente familiares, devido à vantagem de ser uma atividade barata e de rápido retorno financeiro.

Atualmente, cerca de 12 milhões de unidades de peixes ornamentais são comercializadas em Minas Gerais. Estima-se que mais de 100 de espécies são cultivadas em diferentes sistemas de produção, com destaque para aquelas que necessitam de pouca técnica de manejo e que são, em geral, muito prolíferas (que se reproduzem com rapidez), tais como betta, espada, platy, molinésia, tricogaster e colisa.

Foto: Epami

2110, 2020

Avicultura: Katayama Alimentos lança linha de ovos orgânicos

 

Baseada em estudos do seu setor de pesquisas, A Katayama Alimentos resolveu ampliar sua linha de produtos com o lançamento de ovos orgânicos caipiras.  Segundo a empresa, o grande diferencial desse tipo dos ovos está na alimentação das aves.

No sistema de produção da Katayma, as aves vivem em ambiente com livre acesso às áreas externas, podendo ciscar à vontade e expressar todos os seus comportamentos naturais; recebem apenas alimentação vegetal com ingredientes orgânicos e naturais, a fim de propiciar uma dieta saudável e equilibrada; e são tratadas com homeopatia, visando fortalecer a saúde dos animais e evitar a transmissão de resíduos químicos para os ovos.

As aves ainda são mantidas em galpões cobertos e climatizados para se recolherem à noite e, quando quiserem, durante o dia. Além disso, têm acesso livre à alimentação e água fresca, e liberdade para botar seus ovos em ninhos.

“Iniciarmos nosso projeto com uma oferta pequena e gradativamente vamos ganhar espaço nas gôndolas dos clientes atuais e futuros”, diz Gilson Tadashi Katayama, diretor comercial do grupo Katayama. “Para a primeira fase do projeto, projetamos uma produção de cerca de 30 milhões de ovos orgânicos caipiras por ano”, destaca Gilson.

Os ovos orgânicos da empresa possuem o Selo Oficial Orgânico Brasil, atestado Xipelo IBD – Associação de Certificação Instituto Biodinâmico, e o Selo Certified Humane Brasil – Bem-Estar Animal, que garante que o alimento é oriundo de produtores que atendem exigências rigorosas de bem-estar animal.

Fonte: Katayama Alimentos

1910, 2020

Embrapa desenvolve aplicador de herbicida para controle de plantas nocivas à pastagem do gado

O equipamento foi desenvolvido pelo núcleo Pecuária do Sul da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e tem por fim controlar as plantas que prejudicam o desenvolvimento de capins destinados à alimentação do gado.

Com a aplicação de herbicida (produto químico) é possível preservar os capins, dificultando a reinfestação por plantas invasoras nocivas à pastagem, cujas sementes ficam armazenadas no solo.

Devido à diferença de altura que se estabelece entre os capins consumidos pelo gado e as plantas indesejáveis, que assumem uma maior altura, somente estas entram em contato com os aplicadores de herbicida do equipamento.

O uso da tecnologia proporciona duas vantagens: incremento da produtividade e redução de custos.

Quanto ao incremento da produtividade, ocorre maior ganho de peso vivo/bovino por hectare, em razão da tecnologia atuar diretamente sobre a melhoria da oferta de forragem para o rebanho, com reflexo direto no maior ganho de peso.

Quanto à redução de custos, a economia de combustível se situa em um percentual entre 35 e 50%, quando comparada com a prática da roçada.

Foto: Kéke Barcellos

1510, 2020

Embrapa cria material (de ração e de tecido de peixe) que beneficia indústria do pescado

 

A qualidade da carne de tilápia e da ração oferecida a peixes cultivados no Brasil poderá ser aferida com mais exatidão a partir de materiais de referência para laboratórios produzidos no núcleo Pecuária Sudeste da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em São Carlos (SP).

Segundo a empresa, esses materiais devem auxiliar os laboratórios a fornecer dados confiáveis para facilitar a aplicação da legislação brasileira sobre os limites máximos de contaminantes inorgânicos em alimentos e favorecer as exportações da indústria do pescado.

A pesquisa que resultou na criação dos dois materiais – de ração e de tecido de peixe – foi tema da tese de doutorado em química analítica de Mayumi Silva Kawamoto, defendida na Universidade de São Paulo. Ela foi orientada pela pesquisadora Ana Rita Nogueira, do núcleo Pecuária Sudeste da Embrapa.

Tanto a ração quanto o tecido de peixe foram fornecidos por produtores comerciais. Os pellets da ração foram doados pelo grupo Matsuda e os filés de peixe pelos grupos Ambar Amaral e Netuno. A doação foi intermediada pela PeixeBR (Associação Brasileira de Piscicultura).

Os resultados fazem parte do BRS Aqua, o maior projeto de pesquisa em aquicultura já desenvolvido no país. A iniciativa envolve mais de 20 centros de pesquisa da Embrapa, cerca de 270 empregados da empresa e recursos financeiros da ordem de quase R$ 45 milhões do Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento, R$ 6 milhões da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República e, como contrapartida, R$ 6 milhões da própria Embrapa.

Fonte: Embrapa

1410, 2020

Empresa cria “Uber do Boi” para transportar gado de corte no Brasil

 

A JBS Transportadora criou e lançou um aplicativo (programa de computador) para contratação digital de transporte de bovinos de corte. Batizado de Uboi (foto), ele foi projetado para uso em transações entre criadores que tenham negociado animais para engorda e abate ou recria de bezerros.

Segundo a empresa, o aplicativo permite agendar o frete ao melhor custo possível com monitoramento em tempo real da viagem dos animais até o destino contratado.

Inicialmente, o serviço estará disponível só para as regiões de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte do Mato Grosso. A meta é estender seu uso para os demais estados até o fim de 2020.
“A ideia é que o pecuarista de qualquer tamanho de propriedade e perfil de animais possa ter acesso a nossa cadeia de transporte”, explica Ricardo Gelain, diretor da JBS Transportadora. Ele destaca que, a partir do aplicativo, a empresa buscará alavancar sua presença nas transações envolvendo animais para reprodução, recria e engorda.

Além da contratação por criadores, o programa também permitirá o cadastro de caminhoneiros autônomos interessados em atender o setor, De acordo com Gelain, os motoristas deverão seguir padrões técnicos exigidos pela empresa, como certificação em bem-estar animal e idade da frota.

Foto: JBS/Divulgação

2309, 2020

FZEA desenvolve mortadela mais saudável com óleo de soja

A substituição da gordura animal por vegetal na fabricação de mortadelas torna este embutido mais saudável para os consumidores. Na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP), em Pirassununga, pesquisadores obtiveram êxito no desenvolvimento de uma mortadela que contém óleo de soja em substituição à gordura suína.

“Além dos benefícios nutricionais, verificamos que a substituição da gordura suína por óleo de soja não prejudicou aspectos tecnológicos importantes, como rendimento, textura e a estabilidade microbiológica (vida de prateleira)”, diz o coordenador do estudo, o professor Marco Antônio Trindade, da FZEA.

Trindade explica que as mortadelas são comumente fabricadas a partir da mistura de carnes (suína ou bovina) e de gordura suína. Elas são misturadas, trituradas, formando uma emulsão (massa lisa). Posteriormente são adicionados pedaços inteiros de gordura suína que caracterizam a mortadela. O teor de gordura e proteína gira entre 12% e 15%.

“Algumas marcas já oferecem mortadela sem essa gordura aparente”, lembra Trindade. “O produto desenvolvido nos Laboratórios do Departamento de Engenharia de Alimentos da FZEA não tem essa gordura aparente, mas apresenta o mesmo teor de gordura e proteínas das mortadelas comerciais”, informa o professor.

Fonte: USP

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