Graças ao desempenho excepcional registrado durante todo o mês, em março o frango vivo voltou a aproximar-se do IGP-DI acumulado desde agosto de 1994.
Mas a valorização de pouco mais de 22% obtida no mês (na verdade, reposição das perdas acumuladas entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022) continuou insuficiente para alcançar, em relação ao milho, a mesma paridade de preços observada em meados de 1994, quando o real foi adotado como padrão monetário brasileiro.
Em outras palavras, o frango – que, nesses quase 28 anos, registrou valorização próxima de 900% – deveria ter sido comercializado em março por cerca de 13% a mais que o valor registrado. Mas ficou 157 pontos percentuais aquém da variação de preço acumulada pelo milho. Que, por sinal, alcançou no mês passado sua segunda melhor cotação nominal da história.
Sob esse aspecto, quem alcançou no mês a melhor cotação nominal de todos os tempos foi o ovo. Mas nem isso foi suficiente para reduzir a distância que o separa do milho. Quer dizer: para obter a mesma paridade de preço de 1994, deveria ser comercializado por valor quase 60% superior ao recorde do mês passado. Mas ficou 438 pontos percentuais (41% a menos) aquém da variação de preço acumulada pelo milho.