Instituto Biológico de São Paulo passa a oferecer diagnóstico de anemia infecciosa equina (AIE)
Por decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 18 de junho de 2020, o Instituto Biológico de São Paulo (IB) passa a oferecer mais um tipo de diagnóstico ao criador de cavalos: o exame de anemia infecciosa equina (AIE).
Pela decisão do MAPA o Laboratório de Bacteriologia Geral do IB está habilitado a realizar todos os diagnósticos obrigatórios para o trânsito estadual e interestadual de cavalos, os quais envolvem os exames de AIE e mormo.
De acordo com a pesquisadora do IB, Alessandra Nassar, o instituto está autorizado pelo MAPA a realizar o diagnóstico da AIE e do mormo pela técnica ELISA.
“A anemia infecciosa equina é uma doença causada por vírus e é transmitida por insetos hematófagos, como as moscas dos estábulos ou pela mosca dos cavalos”, diz Alessandra e esclarece:
A transmissão também pode ocorrer por compartilhamento de agulhas, seringas, esporas, arreios ou outros utensílios contaminados com sangue de animal infectado. Para o trânsito desses animais, o criador precisa do diagnóstico negativo”, explica.
Segundo a pesquisadora, nem todos os cavalos contaminados com o vírus da anemia infecciosa são sintomáticos. Os sintomas podem ser: apatia, febre, anemia, inchaço de membros, hemorragias, baixo rendimento no esporte e diminuição do apetite.
“A maioria dos animais são assintomáticos, portadores da doença, e que vão disseminar o vírus para os outros animais; daí a importância da realização dos exames diagnósticos”, diz a pesquisadora e conclui:
“Caso seja identificado que o cavalo está contaminado, ele precisa ser isolado e posteriormente sacrificado. Não há tratamento para a doença, que é considerada fatal” afirma.
Fonte: IB (SP)
Novidade: UFV cria tecnologia para produção de medicamentos para cavalos
A Universidade Federal de Viçosa, localizada na cidade do mesmo nome na zona da mata de Minas Gerais, desenvolveu uma tecnologia para produção de medicamentos para cavalos, a qual já foi patenteada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão ligado à Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia.
A tecnologia patenteada é um processo para obtenção de composições farmacêuticas à base de extratos de Baccharis dracunculifolia (alecrim do campo) para preparação de agentes terapêuticos para controle e tratamento da Herpevírus Equino (EHV-1, doença que gera prejuízos consideráveis aos criadores de cavalos do país.
De acordo com a UFV, “com a obtenção da patente, o próximo passo será buscar parceiros interessados em utilizar comercialmente a tecnologia para formulação de medicamentos para o tratamento de animais infectados pelo vírus”. E acrescenta. “Com este documento, a UFV também pode impedir o uso, produção, venda e importação do produto obtido diretamente do processo patenteado”.
O EHV-1) é um vírus capaz de causar perdas econômicas significativas aos plantéis de cavalos. Ele tem sido identificado como a causa de abortamentos, mortalidade neonatal, doença respiratória e manifestações neurológicas nos animais.
Das 14 espécies de herpesvírus que afetam os cavalos, as mais importantes são o EHV-1 e o EHV-4. Segundo os pesquisadores, o EHV-1 encontra-se presente na população cavalos no Brasil e, até o momento, não existem estudos sobre a ocorrência de outros tipos de herpesvírus que afetam esses animais no país.
Fonte: UFV
Saúde animal: pesquisa aponta deficiência no manejo de vacinação em bezerras
A eficiência da vacina contra clostridioses (doenças que mais causam a morte de bovinos no país), aplicada nos primeiros meses de vida dos bezerros, está sendo prejudicada devido a uma prática de manejo comum entre os produtores de leite: a aplicação de várias vacinas ao mesmo tempo.
Essa conclusão consta da dissertação (trabalho escrito) de mestrado em Zootecnia apresentada à Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e que teve por base pesquisas realizadas no núcleo Gado de Leite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O estudante de mestrado Hilton Diniz e a equipe de pesquisadores verificaram interferência na resposta dos animais à vacinação contra brucelose e clostridioses, quando aplicadas simultaneamente.
De acordo com Diniz, “a vacinação simultânea resulta em decréscimo significativo na quantidade de anticorpos contra doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium”. Para ele, “isso pode resultar em bovinos não protegidos contra essas afecções nas propriedades leiteiras”.
O mesmo estudo demonstrou que a vacina contra brucelose não sofreu qualquer interferência na resposta imunológica, permanecendo eficaz.
Segundo a professora da UFMG, Sandra Gesteira Coelho, orientadora de Diniz nas pesquisas, a iniciativa para realização desse trabalho se deu a partir de alguns relatos de produtores de leite. “Quando visitamos fazendas, em várias regiões do Brasil, os produtores questionam a vacinação dos animais”, diz Sandra. De acordo com os produtores, a vacinação costuma impactar negativamente no desempenho e saúde dos bovinos. “Isso tem feito com que algumas fazendas não realizem a vacinação”.
Para a professora, situações como essa contribuem para “desacreditar” as vacinas.
Foto: Rubens Neiva
Pesquisa inédita sobre ovinocultura leiteira revela que vale a pena investir nessa atividade
A pesquisa foi desenvolvida pela médica veterinária Fernanda Ferreira Santos e com ela a autora obteve o título de Mestre em Ciências na Universidade de São Paulo, através da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) (núcleo de Pirassununga).
O estudo teve por fim caracterizar o sistema agroindustrial da ovinocultura, mostrar quem são e onde estão os produtores e levantar as principais características da produção de derivados lácteos de ovelha.
Para isso, a pesquisadora fez um levantamento com todos os produtores brasileiros de leite de ovelha a partir de dados da Associação Brasileira de Ovinocultura Leiteira e da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos. Fernanda identificou 18 produtores, sendo seis no Sudeste (três em Minas Gerais, dois no Rio de Janeiro e um em São Paulo); um no Centro-Oeste (Brasília, no Distrito Federal); e 11 no Sul (sete no Rio Grande do Sul, três em Santa Catarina e um no Paraná).
A principal raça utilizada foi a Lacaune, originária da região do mesmo nome na França e ideal para produção leiteira.
“Percebemos que se trata de uma cadeia curta, ou seja, produtor e consumidor estão muito próximos”, explica Fernanda. E prossegue: “O leite de ovelha não é consumido in natura pois é bem mais gorduroso que o de vaca. Por isso, O foco é a produção de derivados lácteos, como iogurtes e queijos variados, sendo que os produtores analisados têm marcas próprias. Já os sete produtores do Rio Grande do Sul vendem para uma cooperativa com marca própria”.
De acordo com o estudo, “o Sul do Brasil é o principal produtor e consumidor, mas há demanda em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Por outro lado, os 18 produtores que participaram do estudo também obtêm lucro com a venda de ovinos machos, que são abatidos e abastecem o mercado de carne de ovinos”.
“Já a produção dos queijos”, finaliza a autora, “é semelhante à da pecuária: desde muçarela, ricota, queijos frescos, gouda, até os mais maturados, como o pecorino de 30 e 60 dias de maturação, entre outros”.
Fonte: USP
Queijo prato com novo corante pode prevenir doenças dos olhos, como catarata
Pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), conseguiram, com sucesso, substituir o urucum, tradicional corante usado na produção do queijo prato, por luteína, um corante com propriedades antioxidantes que ajuda na prevenção de doenças dos olhos.
Entre essas doenças destacam-se a catarata e a degeneração macular, as quais podem causar perda da visão.
A pesquisa que resultou no queijo foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). Durante três anos, os pesquisadores fabricaram o queijo prato com luteína e realizaram análises para verificar o grau de absorção da substância no queijo, a composição e a textura e comprovaram que a luteína não altera as características do produto final, como cor e sabor.
A luteína, extraída de flores da calêndula, é dotada de pigmentação amarela e não é sintetizada pelo organismo humano; por isso, é necessário que seja suprido por meio de alimentos que possuem aquela substância, como milho, laranja e abóbora.
Fonte: Epamig.
Curraleiro Pé-Duro: pecuária de corte ganha bovino com sangue de raça brasileira
A novidade é fruto de um cruzamento entre touros da raça brasileira Curraleiro Pé-Duro e vacas da raça Nelore (de origem indiana). O animal resulta de seis anos de pesquisas desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa e a Universidade Federal do Piauí (UFPI) com recursos próprios das duas instituições.
O novo bovino, criado em pastagens nativas, é mais precoce que o Nelore, pois vai mais cedo para o abate, com apenas dois anos de idade e pesando 45 quilos de carne a mais que o Nelore criado em pastagem cultivada.
Já o Nelore é mais tardio, estando em ponto de abate aos três anos de idade. Se for preparado para o abate em regime de confinamento, o período é reduzido em até seis meses, aumentando ainda mais o peso.
As pesquisas indicaram que o novo mestiço produz 20 quilos de carne macia por 100 quilos de músculo na carcaça. Em comparação com o Nelore, o estudo revela que este animal produz apenas 16 quilos.
Segundo o pesquisador Geraldo Magela Côrtes Carvalho, coordenador das pesquisas, o mestiço pé-duro adapta-se ao ambiente tropical de quase todas as regiões do Brasil (calor, escassez de água e pastagens nativas), sendo ainda resistente a parasitas como verminoses, carrapatos, bernes e mosca-do-chifre”. E acrescenta:
“Na alimentação, ele aceita muito bem os capins e leguminosas (plantas com vagens) nativos; cactos e arbustos. Enquanto isso, o bovino Nelore, raça trazida da Índia e já consagrada como grande produtora de carne, requer uma alimentação à base de pastagens artificiais”.
Foto: Fernando Sinimbu.
UEL desenvolve técnica que identifica com rapidez fraudes em produtos cárneos
Em menos de um minuto de análise é possível identificar alterações em carnes processadas, como a linguiça frescal de suíno. Essa conclusão resulta do projeto de pesquisa “Identificação e caracterização de fraudes em produtos cárneos”, recém-concluído pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão com o uso de um método desenvolvido em equipamento de infravermelho, o qual revela o que não é visível pelo olho humano, como, por exemplo, detalhes de uma linguiça adulterada.
O método teve por base a técnica Espectroscopia no infravermelho próximo (Near Infrared Spectroscopy-NIRS, em inglês )
Segundo professor Rafael Humberto de Carvalho, do Departamento de Zootecnia da UEL, “o projeto analisou 135 amostras de linguiça frescal, que foram adulteradas propositalmente com carne de cabeça de suíno, em variadas quantidades”.
“Para a análise das amostras”, explica. “os pesquisadores desenvolveram uma curva padrão da linguiça não adulterada. Foi identificado que as amostras com curvas diferentes da considerada modelo, estavam realmente adulteradas, o que mostra a eficiência do estudo”.
Fonte: Universidade de Londrina (PR)
Embrapa cria tecnologia simples e acessível para avaliação de cobertura de gordura em bovino
O Brasil é o segundo maior produtor e maior exportador mundial de carne bovina. Entretanto, estima-se que apenas 15% dos animais enviados para abate apresentam carcaças que atingem o padrão de qualidade na indústria frigorífica. Em vista disso, o núcleo Rondônia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um dispositivo prático e de fácil acesso, em que o próprio produtor pode avaliar, de forma rápida e precisa, o acabamento da carcaça dos bovinos destinados ao abate, ou seja, a espessura de gordura, uma das principais características relacionadas à qualidade da carne bovina.
A nova tecnologia recebeu o nome de SagaBov (Sistema de Avaliação do Grau de Acabamento Bovino) e consiste em duas hastes articuladas que, ao serem encostadas da garupa formam um ângulo que indica se o animal está magro, com gordura adequada para o abate ou com excesso de gordura. Esse dispositivo foi baseado em outra régua desenvolvida também pela Embrapa Rondônia para avaliar a condição corporal do rebanho, chamada Vetscore.
Não há no mercado nenhum instrumento similar para esse tipo de avaliação. Para o envio de animais para o abate, o produtor costuma fazer uma avaliação visual. Entretanto, ela é subjetiva e gera conflitos com os resultados recebidos do romaneio (documento emitido pelo frigorífico indicando o peso e valorização da carcaça, por exemplo). Outra opção é a ultrassonografia, à qual poucos produtores têm acesso, pois o custo é relativamente alto (cerca de R$15,00 por animal).
De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia e inventor do SagaBov, Luiz Pfeifer, a simplicidade e a eficiência da tecnologia fazem dela uma aliada tanto do pecuarista quanto da indústria frigorífica. “O uso dessa ferramenta pode beneficiar todos os elos da cadeia da carne. Com a avaliação e seleção de animais adequados para o abate, a indústria terá aumento do rendimento de carcaça, o produtor acesso aos programas de bonificação e o consumidor, maior qualidade de carne disponível no varejo”, explica.
Foto: Renata Silva
Ceva Saúde Animal lança produto que torna mais eficiente a transferência de embriões em equinos
Trata-se, segundo a empresa, que atua, principalmente, no ramo de medicamentos para equinos, de um hormônio (Fertcor) que auxilia na sincronização do cio de éguas doadoras e receptoras de embriões, aumentando a eficiência reprodutiva dos animais.
”O Fertcor, produto composto pelo hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG, na sigla em inglês), é uma solução eficaz e certeira para a transferência de embriões em equinos, pois nessa tecnologia se exige a sincronização da ovulação das fêmeas envolvidas”, diz a gerente da linha produtos para equinos da Ceva, Baity Leal. E acrescenta:
“Após a ovulação e a inseminação, o embrião produzido em uma égua doadora é retirado e implantado em uma receptora que esteja no mesmo período do ciclo que a doadora; daí a importância da sincronização”.
“Bons resultados de uma transferência de embrião dependem do momento exato para a inseminação, principalmente quando se trata de sêmen congelado, pois o veterinário não pode perder a ovulação da égua doadora”, esclarece Baity, que é veterinária e mestre nessa disciplina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“O Fertcor proporciona mais segurança na ovulação na tecnologia de transferência de embriões”, diz a gerente da empresa e finaliza:
“Após a aplicação nas éguas, o Fertcor promove a ovulação entre 36 a 42 horas, de forma mais rápida e precisa que outros métodos de indução do cio, que, em geral, ocorrem 42 horas depois do uso do produto”.
Fonte: Agência de Noticias Quilombo
MSD Saúde Animal lança vacina para controle de doença que afeta tilápia
Com essa iniciativa da MSD Saúde Animal, os produtores de tilápia – peixe de água doce mais produzido e comercializado no Brasil – passaram a contar com uma vacina (Aquavac Strep As) para controle da Estreptococose, doença que afeta, nos criatórios, de 15% a 30% desse tipo de peixe. causando elevada taxa de mortalidade.
A enfermidade, causada pela bactéria Streptococcus agalactiae Biotipo 2, é mais incidente nos animais adultos e seus principais sintomas são exoftalmia (olho saltado), ascite (barriga inchada), encefalite (nado em rodopio) e lesões na cauda.
“O lançamento da vacina vem para suprir uma necessidade do mercado brasileiro, já que o combate à Estreptococose é pouco eficaz com a utilização de rações medicadas, principalmente quando a doença é diagnosticada tardiamente”, diz o gerente de Mercado de Aquicultura da MSD Saúde Animal, Rodrigo Zanolo. E acrescenta:
O medicamento pode incrementar em até 15% a sobrevivência da criação e trazer melhoras no desempenho dos animais, com alto retorno financeiro para o criador, além da redução do uso de antibióticos”.
Fonte: MSD Saúde Animal
Geração de energia solar reduz conta de luz no campo, mostra estudo da CNA
“O sistema de geração de energia elétrica solar tem se tornado uma alternativa para o produtor reduzir a tarifa da conta de luz na propriedade rural”, diz estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). órgão que representa os interesses dos produtores rurais brasileiros.
Citando dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a CNA informa que o Brasil possui mais de 12 mil propriedades que geram a própria energia com usinas fotovoltaicas (grande parte delas são do setor de criação de animais, entre eles a avicultura).
O sítio Primavera, no município de Ervália, na zona da mata de Minas Gerais, é um exemplo. Desde 2018, a propriedade produz energia solar para manter as atividades de avicultura e cafeicultura.
“Além de reduzir o custo de energia, que é um dos obstáculos ao bom desenvolvimento da avicultura, o sistema fotovoltaico contribui para reduzir a dependência do represamento de águas”, diz o produtor e proprietário do sítio, Félix Santos.
O investimento todo, segundo a CNA, ficou próximo de R$ 140 mil, entre equipamentos, inversores, mesas e instalações. As placas ocupam uma área de 200 metros quadrados e geram quatro mil quilowatts por mês, o suficiente para abastecer o aviário, a estrutura de pós-colheita do café e duas casas de funcionários.
No sistema fotovoltaico, a irradiação solar é transformada diretamente em energia elétrica. As placas desse sistema contêm células solares produzidas com material semicondutor. Quando os raios de sol atingem uma célula é gerada a energia.
Fonte: CNA
Embrapa adapta suporte para mamadeiras que facilita aleitamento artificial de ovinos
A inovação é uma iniciativa do núcleo Pecuária Sudeste da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e visa auxiliar os criadores de ovinos na hora do aleitamento artificial dos animais. Para chegar ao suporta, foi necessário apenas o uso de madeira, corrente e tinta.
O equipamento, adaptado de outros modelos, tem capacidade para alimentar até oito crias de ovinos ao mesmo tempo, diminuindo o emprego de mão de obra.
Segundo pesquisador Sérgio Novita Esteves, “como temos, aqui no núcleo, um rebanho grande, algumas vezes há casos de ovelhas que têm pouco leite ou com mastite (inflamação) no úbere (glândula mamária); por isso, temos que suplementar a dieta das crias com leite usando o equipamento”, que facilita e agiliza o processo de aleitamento”.
Esteves chama atenção para uma característica importante do suporte: “a altura dele”, explica, “pode ser ajustada de acordo com o crescimento dos animais; “ele não é fixo na parede; é pendurado por meio de correntes e podemos regular a altura conforme o tamanho das crias”.
Foto: Isabella Barbosa dos Santos
Gado Sindi da Embrapa é registrado como Puro de Origem (PO) pela ABCZ
Um grupo de 46 bovinos da raça Sindi, pertencente ao rebanho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foi registrado como Puro de Origem (PO) pela Associação Brasileira de Criadores de Zebuínos (ABCZ). A marcação dos animais a ferro e fogo ocorreu no Campo Experimental da Caatinga do núcleo Semiárido da Embrapa, em Petrolina (PE).
Os animais são descendentes diretos da segunda importação de bovinos da raça oriundos do Paquistão, realizada em 1952. Desde 1996 passaram para o domínio do núcleo Semiárido, onde vêm sendo mantidos como um rebanho fechado, sem cruzamento com outras linhagens.
“Por isso, pode ser considerado o gado Sindi mais puro do Brasil”, diz a pesquisadora da Embrapa, Rosângela Barbosa.
O registro dos animais foi bem recebido pela Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABCSindi), pois atende antiga reivindicação da entidade.
De acordo com o presidente da (ABCSindi), Ronaldo Bichuette, existia uma grande demanda de gado importado para refrescar o sangue dos rebanhos nacionais. “Agora”, afirma , ”não é mais preciso buscar os animais na Índia ou no Paquistão: o gado está aqui”.
Ele explica que o refrescamento dos rebanhos é importante para evitar os defeitos no acasalamento provocados pela endogamia (cruzamento entre parentes).
Foto: Fernanda Birolo
Pesquisadores da Embrapa criam produtos com carne de peixes da região do Pantanal
Os produtos resultam de pesquisas do núcleo Pantanal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Corumbá, Mato Grosso do Sul, em parceria com o Centro de Pesquisas do Pantanal, ligado ao governo daquele estado.
Entre os produtos estão, entre outros, quibes (foto), nuggetes, hambúrgueres e patês. Eles são feitos com carne de peixes nativos mais tradicionais do Pantanal, como pacu, pintado e cachara.
De acordo com o pesquisador do núcleo, Jorge Lara,”as pesquisas fazem parte de um projeto que que tem por fim agregar valor aos produtos da pesca (pescado) da região”. E justifica:
“A razão é que, no Pantanal, o valor pago aos pescadores pelo peixe inteiro sem vísceras (pronto para comercialização) é muito baixo. “Uma forma de agregar mais valor a esse peixe é processá-lo (transformá-lo) em produto”.
“Para isso”, explica, “os pesquisadores adaptaram a produção dos alimentos elaborados com pescado para pequenos grupos ou cooperativas de pescadores. Assim, qualquer produto desenvolvido com esse pescado (e uma vez comercializado) trará novas oportunidades e contribuirá para a renda dos pescadores”.
Foto: Jovana Garbelini
Epagri desenvolve embarcação que mecaniza a colheita de mexilhões
A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), vinculada à Secretaria da Agricultura e da Pesca daquele estado desenvolveu e lançou ao mar uma plataforma mecanizada que facilita o trabalho dos pescadores na colheita de mexilhões.
O equipamento é capaz de retirar da água, individualizar, lavar e classificar os mexilhões por tamanho sem exigir esforço braçal do produtor. Além de melhorar a eficiência e reduzir os custos dessas tarefas, a plataforma permite realizá-las ainda no mar.
De acordo o pesquisador André Luís Tortato Novaes, da Epagri, quando esse trabalho é realizado manualmente, uma pessoa consegue processar entre 250 quilos e 300 quilos de mexilhões por hora. Já plataforma, segundo ele, possibilita colher até quatro toneladas de mexilhões por hora.
O estado de Santa Catarina lidera a produção nacional de moluscos (mexilhões, ostras e vieiras) com 20,4 mil toneladas. A produção de mexilhões contribui com 85% desse total, respondendo por 17,3 mil toneladas.
A facilidade de comercialização e a menor exigência de manejo nos cultivos são fatores que influenciam a adesão dos produtores ao cultivo de mexilhões.
Foto: Epagri
MSD Saúde Animal lança nova vacina para controle de doenças na avicultura
Empresa que atua no setor de saúde animal, a MSD desenvolveu, depois de 10 anos de pesquisa, uma nova vacina (INNOVAX ND-IBD) para controle de três importantes doenças da avicultura brasileira: Marek, Gumboro e Newcastle, as quais causam elevados prejuízos aos criadores, pois provocam perdas de animais e redução na produção de carne e ovos.
De acordo com o gerente técnico da unidade avicultura da MSD, Thiago Moreira, a nova vacina protege em uma única aplicação, ainda no incubatório, contra as doenças de Marek, Gumboro e Newcastle.
Segundo ele, “com a conveniência da tripla proteção em uma dose, a INNOVAX ND-IBD é administrada individualmente in-ovo (com 18 dias de incubação) ou no primeiro dia de vida dos pintinhos”. E acrescenta:
“Hoje, a granja que deseja se proteger contra a doença de Gumboro, Marek e Newcastle necessita aplicar duas vacinas nos incubatórios. Com a nova tecnologia, a MSD recomenda somente uma única aplicação, o que oferece redução da demanda por espaço em armazenamento nos incubatórios e melhor emprego de mão de obra”.
Pesquisadores criam softwares que calculam quantidade de alimento para gado de corte
Para saber que alimento se deve ou não oferecer aos bovinos de corte, existe uma tabela brasileira de composição alimentar com todos os tipos de alimentos e uma de exigências nutricionais que informa a quantidade necessária de cada nutriente que o animal necessita.
Muitas vezes, porém, nem todos criadores têm acesso a esses dados. Em vista disso, pesquisadores dos Departamentos de Zootecnia e de Informática da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais (UFV) desenvolveram dois programas de computador (softwares) capazes de calcular a quantidade exata de cada nutriente para bovinos.
Um dos softwares, o CQBAL 3.0, é a versão on-line da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos para Ruminantes (entre eles os bovinos) que contêm todos os tipos de alimentos e seus derivados.
Nele o produtor pode escolher o alimento e acessar a sua composição nutricional.
Já no software BR Corte, que é baseado na tabela de exigências nutricionais de bovinos de corte do Brasil, é possível formular dietas a um custo mais baixo e calcular o ganho de peso dos animais a partir de uma dieta já elaborada. Além disso, os softwares permitem a inclusão de dados de novos alimentos.
Além dos produtores, a indústria de ração também pode se beneficiar com a tecnologia.
Para acessar os softwares basta digitar os endereços:
Para o CQBAL: http://www.ufv.br/cqbal
Para o BR Corte: http://www.brcorte.com.br
Foto: Arquivo UFV
Embrapa e Bergamini criam misturador de rações para suínos e aves
Desenvolvido pelo núcleo Suínos e Aves da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a empresa Bergamini Industrial, localizada em Concórdia (Santa Catarina), o equipamento destina-se a produtores de suínos e aves (frango de corte e galinha poedeira).
O misturador, considerado pelos pesquisadores do núcleo ideal para pequenas fábricas de ração, é indicado para ração seca, ração com adição de líquido, silagem de grão úmido de milho (alimento armazenado em silo) e sal mineral.
A grande vantagem do equipamento é que ele proporciona menor tempo de mistura e melhor qualidade na mistura. O equipamento tem capacidade para 500 quilos, ideal para pequenas fábricas de ração.
Foto: Núcleo Suínos e Aves da Embrapa
Unesp desenvolve software para formulação de ração para frango de corte
O software, denominado Avinesp: Modelo de Predição de Crescimento e Exigências Nutricionais, resulta de um projeto do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em São Paulo.
Segundo a pesquisadora Nilva Kazue Sakomur do (FCAV), o Avinesp auxilia os produtores na formulação de ração para frango de corte e representa uma ferramenta para tomadas de decisões, e explica:
“Ele estima consumo de ração, peso vivo, composição corporal e exigências nutricionais de frangos de corte. Além disso, simula respostas das aves aos efeitos da dieta e do ambiente. A composição da dieta e o genótipo (composição genética) das aves são considerados nesse modelo”.
O Avinesp, que contou com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), é uma ferramenta para nutricionistas e para produtores, já que pode ser utilizada para tomada de decisões sobre estratégias de alimentação das aves.
O pedido de registro do programa de computador já foi protocolado pela Unesp junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Fonte: Fapesp
Agroceres lança suplemento para suínos abaixo do peso
Na suinocultura, a hipoglicemia (taxa de glicose no sangue) dos leitões gera grandes prejuízos aos criadores. Segundo a Agroceres, que atua no setor de nutrição animal, a doença atinge cerca de 30% dos leitões recém-nascidos, provocando a mortalidade de 30 a 40% dos animais afetados.
Isso acontece, porque os leitões recém-nascidos e abaixo do peso têm dificuldades de sintetizar glicose durante o período neonatal, que ocorre um mês após o nascimento.
A fim de reduzir essas perdas na suinocultura, a Agroceres desenvolveu um suplemento específico para leitões recém-nascidos com baixo peso. Trata-se do PigCare, um suplemento energético que estimula a produção de glicose no organismo e supre o animal com energia, aumentando seu vigor.
O PigCare possui dez tipos de ácidos graxos e um complexo vitamínico de exclusiva formulação que, em conjunto, melhoram o metabolismo, promovendo o desenvolvimento dos leitões.
Usado de forma preventiva, o medicamento melhora os índices de sobrevivência na granja, aumenta a resistência às infecções e melhora o ganho de peso durante a lactação, sem deixar resíduos.
O PigCare é comercializado em embalagens de 250 ml com dosificador, o que permite tratar os leitões individualmente.
Foto: Agroceres Nutrição Animal