Ciência e Tecnologia

Por Adeildo Lopes Cavalcante

Ciência e Tecnologia2020-05-27T13:29:02-03:00
309, 2021

Apicultura: Védera lança suplemento alimentar para abelhas

A produção de mel e outros produtos oriundos da colmeia pode sofrer com seus períodos de “entressafra” pela falta de flores, das quais as abelhas se alimentam. E mesmo que elas consumam o mel que produziram, ficam carentes de importantes nutrientes para a sua saúde e bem estar.

Diante dessa situação, a Védera Nutrição Animal, desenvolveu um produto específico para suplementação alimentar das abelhas: o Melero.

Segundo o diretor executivo da empresa, Cesar Souza, o Meleiro atende uma demanda de apicultores que queriam resolver o problema da “entressafra” de floradas no campo, quando ficam bem restritos os lugares nos quais as abelhas podem coletar o néctar e, assim, produzir o mel e seu alimento.

“A principal consequência disto é a redução das funções metabólicas das abelhas, pois com menos nutrientes, elas ficam mais fracas precisando de produtos, como Melero, que recomponham essas necessidades”, explica Souza.

O Melero é elaborado a partir de insumos orgânicos e possui fonte energética, enzimas, aminoácidos, minerais e vitaminas essenciais. Ele é comercializado em embalagem de 5kg e é disponibilizado em dosagem média de 150g a 250 g por colmeia por período de 45 dias, permitindo que as abelhas mantenham seu equilíbrio e não sofram com a entressafra.

3108, 2021

Apicultura: Rota do Mel terá um polo na região do Médio São Francisco baiano

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Codevasf, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, lançaram um polo na Rota do Mel na região do Médio São Francisco baiano.

A partir da iniciativa, o Governo Federal desenvolverá ações para estruturar a cadeia produtiva da apicultura em 50 municípios da região.

“Acredito que a implantação da Rota é de fundamental importância”, diz o assessor especial do MDR Aldo Dantas, acrescentando que “ela contribui, sem dúvida nenhuma, para a geração de emprego e renda e para a diminuição das desigualdades regionais e sociais”.

“Para se ter uma ideia, nós esperamos que, das quase 700 toneladas produzidas artesanalmente na região, seja possível duplicá-las para cerca de 1,4 mil toneladas”, afirma.

A região de Irecê e de Bom Jesus da Lapa foi escolhida para iniciar a implantação da rota a partir de diversos critérios. “Em visitas à região, identificamos uma área de 12 mil hectares de produção de frutas e 3 mil hectares de reserva ambiental, o que traz um potencial enorme para a apicultura”, explica Dantas. Outro critério foi a representatividade e afinidade com a identidade regional, pois a região já possui uma produção de mel”, esclarece o coordenador nacional da Rota do Mel no MDR, Samuel Castro.

2608, 2021

Agroceres e Fazenda 3R de Mato Grosso do Sul lançam ração que acelera ganho de peso de bezerro

A nova ração, que recebeu o nome de Confinatto 3R, é resultado de uma parceria entre a Agroceres e a Fazenda 3R, localizada no município de Figueirão, em Mato Grosso do Sul.

Focada no ganho de peso dos animais, a ração traz um novo conceito de nutrição de bezerros ao país.

Acompanhada de manejo adequado, ela permite que os animais cheguem no período de desmame, aos 10 meses, com mais de 300 quilos, possibilitando ao produtor “pular” toda a fase de recria e abater os animais quase um ano mais cedo, explica o médico veterinário e nutricionista de bovinos da Agroceres, Rodrigo Meirelles.

Segundo o criador Rubens Catenacci, proprietário da Fazenda 3R, a nova ração foi desenvolvida a partir da experiência de produção no seus criatório. Ancorado no tripé: genética, manejo e nutrição, a fazenda se tornou referência nacional com uma fórmula que faz um bezerro atingir cerca de 300 quilos, o que confere ao animal ainda precoce um peso equivalente a dois terços do peso do boi gordo.

2008, 2021

Seara Alimentos lança sistema para gestão 100% digital de granjas de aves e suínos

A Seara Alimentos lançou um sistema (denominado SuperAgroTech) que vai beneficiar mais de 9.000 produtores de aves e suínos que fornecem com exclusividade para a empresa.

A iniciativa possibilitará a gestão 100% digital das granjas. Isso significa que toda a rotina, relatórios e documentações passam a operar com ajuste de processos e ganho de tempo.

O produtor também contará com um e-commerce ou comércio eletrônico exclusivo de insumos e equipamentos, canal de comunicação, condições especiais de créditos e monitoramento em tempo real das granjas.

A Seara criou uma estrutura para acelerar os avanços nas granjas e dar suporte ao produtor na gestão de recursos do seu negócio. “Queremos apoiar o nosso produtor com recursos para que ele tome as melhores decisões e, assim, tenha mais rentabilidade”, diz Rafael Sousa, diretor executivo de Inovação Tecnológica da empresa. E acrescenta:

O sistema SuperAgroTech é uma iniciativa pioneira, que garantirá atendimento personalizado e benefícios múltiplos a nossos produtores”.

1608, 2021

Purunã, primeira raça brasileira de bovino para corte desenvolvida no Paraná, ganha adeptos pelo Brasil

Única raça bovina de corte idealizada por um centro estadual de pesquisa, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR),  vem atraindo o interesse de pecuaristas de todo o Brasil.

“A raça está hoje presente em todas as regiões, com destaque para os estados do Pará, Piauí, Bahia, Maranhão, Rondônia e Acre”, diz  o diretor da Associação Brasileira de Criadores da Raça Purunã (ABCP), Piotre Laginski.

A ABCP conta hoje com 42 pecuaristas associados e mais de 8 mil animais sob seu controle.

Desenvolvida a partir de cruzamentos entre as raças Charolês, Aberdeen Angus, Caracu e Canchim, a Purunã foi oficialmente reconhecida pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que também credenciou a ABCP para fazer o controle genealógico, procedimento que atesta a origem dos animais e de seus ascendentes e descendentes.

O interesse dos pecuaristas por animais Purunã vem crescendo desde que a raça foi oficializada. De acordo com Laginski, nos últimos 10 anos foram comercializados mais de mil touros, cerca de 10% desse total para fora do Paraná.

Segundo Laginski, “esse crescente interesse se deve principalmente à fácil adaptação da raça. ”Os animais”, acrescenta,  “mantêm alta produtividade nas mais variadas condições de solo e de temperatura ambiente”, afirma.

Para o diretor da ABCP, essa adaptabilidade torna a Purunã uma raça apropriada a qualquer perfil de criador, do mais simples ao mais especializado, para manejo em pasto ou em confinamento.

Um importante destaque da nova raça, segundo ele, é “o seu elevado rendimento da carcaça e a alta qualidade da carne. Na indústria, tem sido possível alcançar uma média de 59% de rendimento de carcaça em animais Purunã machos, contra 54% obtido em outras raças”.

De acordo com Laginsk, “na ponta da cadeia produtiva, o consumidor tem acesso a uma carne macia, com excelente marmoreio e presença equilibrada de gordura”.

Os especialistas chamam de marmoreio a gordura entremeada na carne, que, no preparo, pode ser notado na forma de suculência, maciez e sabor amanteigado

Foto: IDR

908, 2021

Pesquisa da ABPA aponta consumo de proteína animal em 98,5% dos lares

Uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ao Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado (CEAP) mostra que 98,5% dos lares consomem algum tipo de proteína animal.

O ovo é o principal destaque, com 96% de presença, seguido pela carne de frango, com 94%, carne suína, com 80%, carne bovina, com 79% e peixe, com 65%.
A pesquisa foi realizada entre novembro de 2020 e fevereiro deste ano, com 2.500 entrevistas em 113 cidades pelo país. Foram mais de três mil horas de entrevistas realizadas por 120 profissionais, focando membros das residências com poder de decisão de compra no domicílio, de ambos os sexos, das classes A,B,C,D e E, com idades entre 18 e 65 anos.

De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados informaram consumir ovos todos os dias. No caso da carne de frango, 54% consomem até três vezes por semana. Com a mesma frequência, 34% informaram consumir carne suína.

Questionados sobre a proteína animal mais consumida na residência, o ovo foi o principal mencionado por 35% dos entrevistados, seguido pela carne de frango, com 34% e a carne suína, por 4%. Realizada durante o período de pandemia, a pesquisa apontou que o consumo das carnes ocorre especialmente em casa.

No caso da carne de frango, 69% dos entrevistados preferem adquirir o produto em cortes, seguido  por frango inteiro, com 22%; 9% declararam comprar ambos os produtos. Os resfriados lideram as compras, com 55%, contra 40% de congelados, e 5% que informam adquirir os produtos nas duas formas.

Foto: ABPA

208, 2021

Levantamento mapeia cadeia da piscicultura do estado de São Paulo

Um levantamento feito por técnicos da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS),  da secretaria estadual da Agricultura de São Paulo, mapeou a cadeia de produção da piscicultura no estado. Os dados trazem as principais espécies e as formas de produção de peixes de cultivo em todas as regiões paulistas.

“Trata-se de um levantamento essencial para entender este movimento crescente do aumento da produção de peixes, em especial a tilápia, no estado de São Paulo e, também, as ações que podem ser executadas a partir desse conhecimento para que a atividade se desenvolva de forma adequada e sustentável e atinja o potencial esperado”, explica o coordenador da CDRS, engenheiro agrônomo José Luiz Fontes.

Os especialistas percorrem todas as regiões produtivas. Em 2019 foram contabilizados 3.337 imóveis rurais com a atividade. Em linhas gerais, a maior concentração de pisciculturas em tanques-redes fica nos reservatórios das usinas hidroelétricas dos rios Paraná

No reservatório de Ilha Solteira, encontram-se as maiores produções de peixes em tanques-rede, totalizando 23.407,2 toneladas/ano. A produção de peixes em viveiros escavados está distribuída em todo o estado, com predominância nas regiões de Limeira (1.723,2 toneladas/ano), Bragança Paulista (1.546,6 toneladas/ano) e Araçatuba (1.026,8 toneladas/ano).

Quanto ao sistema, barramentos são um total de 268 pisciculturas, em 138 municípios; viveiros escavados são 988 pisciculturas, em 315 municípios; e para tanques-rede, um total de 224 pisciculturas, em 87 municípios.

A região de Bragança Paulista apresenta o maior número de pisciculturas cadastradas. A espécie de peixes mais produzida é a tilápia. São Paulo produziu um total de 186.980,50 milheiros de alevinos e juvenis no ano de 2018, sendo 125.116,9 milheiros/ano de alevinos e juvenis de tilápia.

Fonte: Secretaria estadual de Agricultura de São Paulo

2907, 2021

Embrapa  ganha curral circular para melhorar o manejo e segurança do gado

O núcleo Gado de corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está de curral novo. Batizada de Centro de Manejo de Baixo Estresse, a instalação moderna substitui a estrutura do “Retiro do Rochedo”, construída na época da fundação da unidade.

O novo modelo de manejo prioriza o bem-estar animal e visa tornar o manejo mais seguro para o trabalhador rural. Com 600 metros quadros, o curral comporta até 200 animais simultaneamente.

De acordo com pesquisadores, o formato circular diminui o estresse do gado na hora do manejo. As paredes são fechadas para que os animais não se distraíam e caminhem sem esforço até o tronco de contenção.

Com um custo total da obra estimado em R$ 400 mil, a maior parte dos recursos (construção do curral antiestresse e cobertura com telhado antitérmico) veio do Acordo de Cooperação Técnica do projeto Carne Carbono Neutro, assinado entre a Marfrig e a Embrapa.

A Marfrig atua na produção e comercialização de carne bovina e no comércio de tronco de contenção para  evitar acidentes no manejo de animais
 
Foto: Embrapa/Divulgação

2607, 2021

Epamig testa com sucesso cocho que melhora alimentação de bezerro

Diante da alta do preço do boi gordo, é cada vez maior a procura por bezerros de qualidade para reposição do gado. Com o objetivo de melhorar o desempenho de animais jovens, alguns produtores estão adotando o “creep-feeding”, técnica de suplementação alimentar concentrada em locais de acesso restrito aos bezerros.

De acordo com o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Sidnei Lopes, ao corrigir e enriquecer a dieta de bezerros, o creep-feeding pode melhorar o desempenho de cada animal e conferir mais peso corporal ao desmame.

Além disso, a técnica auxilia no desenvolvimento do rúmen, diminui o estresse, reduz a mortalidade dos bezerros e aumenta o giro de capital do produtor.
Segundo Sidnei Lopes, a quantidade de suplemento que o produtor deve utilizar após a fase da desmama depende de uma série de fatores, entre eles, o ciclo de produção, a qualidade e a disponibilidade de pasto.

“Geralmente, e de acordo com a meta estabelecida pelo produtor, quanto pior a quantidade e a qualidade do pasto, maior será a demanda por suplementos concentrados”, diz o pesquisador

Foto: Epamig

2007, 2021

Apicultura: fazenda inaugura primeiro hotel para abelhas em São Paulo

Com o objetivo de proteger e preservar a saúde das abelhas e proporcionar abrigo a insetos polinizadores solitários, a Fazenda Água Milagrosa, propriedade do grupo Junqueira Rodas, localizada em Tabapuã, em São Paulo, inaugurou em parceria com a Bayer, o primeiro hotel de abelhas da região.

O hotel de abelhas consiste em uma estrutura de madeira em forma de favo de mel, em que são inseridos troncos de árvores com diferentes perfurações, que funcionam, por sua vez, como “casinhas” para os insetos. A iniciativa surge como alternativa de abrigo, evitando a mortalidade das abelhas, assegurando a manutenção e biodiversidade desses insetos.

A estrutura é disponibilizada a propriedades rurais como parte das ações de um programa da Bayer que tem como objetivo promover o engajamento público para proteção às abelhas e apoio à pesquisa e geração de conhecimento destinado à saúde.

De acordo com a diretoria do grupo, “aqui na Água Milagrosa e nas outras propriedades do grupo, temos muitas abelhas, visto que são polinizadores essenciais dos pomares de laranja. Na empresa, temos como missão sempre preservar o meio ambiente e as espécies; por isso, todo nosso manejo é sustentável, de forma a manter a cadeia ecológica em equilíbrio.

O hotel foi projetado para abrigar abelhas solitárias, que não têm costume de viver em colmeias. São insetos que têm por hábito viver em cavidades no solo ou troncos de árvores.

A maioria das espécies de abelhas tem hábito solitário, pois procura ou escava pequenos espaços em estruturas naturais para fazer os ninhos. Os hotéis de abelhas são espaços ideais para que esses insetos polinizadores possam fazer sua “morada”.

1907, 2021

Novo kit desenvolvido pela Embrapa acelera o diagnóstico da tuberculose bovina

Um novo kit de diagnóstico desenvolvido pelo núcleo Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) obteve alto índice de acerto na detecção da tuberculose bovina, doença responsável por perdas anuais de cerca de US$ 3 bilhões na pecuária de corte mundial.

A inovação está em associar o método Elisa (sigla inglesa para ensaio de imunoadsorção enzimática) ao teste intradérmico, atualmente o único oficial para a tuberculose bovina no Brasil.

O novo kit apresenta como vantagens a praticidade, rapidez e possibilidade de testar várias amostras em curto espaço de tempo, além de automação na obtenção dos resultados, baixo custo e fácil padronização para uso em diferentes laboratórios.

Foto: Eliana Cezar

1207, 2021

IB disponibiliza ao setor agropecuário frascos de produto para diagnosticar brucelose com menos doses

O Instituto Biológico, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, passou a disponibilizar para o setor agropecuário fracos de imunobiológicos usados para diagnóstico de brucelose com menos doses. Com isso, o IB atende à demanda antiga do setor, principalmente, das propriedades com número reduzido de animais de produção, que terão queda no desperdício de doses.
O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) também é beneficiado, já que doses antes desperdiçadas passam a ser utilizada para o diagnóstico da doença em outros animais.

Segundo o médico-veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão, o Instituto já começou a disponibilizar em maio as duas opções de frascos para o setor, uma com menos dose e outra com o número tradicional. Nesse contexto, veterinários encontraram no mercado AAT, antígeno para diagnóstico da brucelose, com 160 e 64 doses. Também estão sendo produzidas e, em breve, estarão no mercado: o antígeno Prova Lenta de 60 e 24 doses, além das Tuberculinas Bovina e Aviária de 50 e 20 doses.

De acordo com Jordão, “essa ação é muito importante, pois tínhamos muito desperdício de doses em propriedades com número reduzido de animais. Quando o produtor precisava levar parte de seu rebanho para leilão ou exposição, por exemplo, também perdia muitas doses. Quando um frasco é aberto, o prazo de validade se reduz rapidamente. O ideal é sempre utilizar frascos recentemente abertos, para evitar diagnósticos falso positivos ou falso negativos”.
O IB é a única instituição brasileira autorizada a produzir este insumo no Brasil.

Fonte: IB

507, 2021

Produção de frango caipira se destaca em programa agroindustrial do governo de Minas Gerais

O governo de Minas Gerais, implantou, através da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Programa de Certificação de Produtos Agropecuários e Agroindustriais (denominado Certifica Minas) com a finalidade de assegurar a qualidade dos produtos agropecuários e agroindustriais produzidos no estado. A certificação ocorre por meio da concessão de Certificado e do Selo de Conformidade Certifica Minas.

Um dos setores beneficiados pelo programa é o de produção de frango caipira, “atividade implantada em 310 municípios que produzem esse tipo de frango com algum propósito de comercialização”, afirma o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Bovo.

Carlos Eduardo diz acreditar no potencial de crescimento desse setor no estado e acrescenta: “A produção de frango caipira no estado teve mais uma empresa reconhecida pelo programa Certifica Minas. A Fredini Alimentos, proprietária de uma granja e um frigorífico em Maravilhas, na região central do estado, já pode comercializar seus produtos com o selo da Seapa”. 

Na prática, segundo o gerente de Certificação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Rogério Fernandes, o selo confere ao consumidor a certeza de que os frangos foram, entre outras características, criados soltos, com alimentação vegetal e não forçada.

A empresa Fredini abate, aproximadamente, 8 mil aves certificadas a cada 70 dias, o equivalente a cerca de 45 mil por ano. Para manter o selo, que precisa ser renovado periodicamente, há uma série de protocolos a serem obedecidos. As aves devem ser criadas soltas em piquetes de pastejo, que são sempre cercados, bem ventilados e com sombreamento.

2106, 2021

Pastagem irrigada viabiliza projeto de criação de gado de leite de produtores de Mato Grosso do Sul

O projeto reúne 19 produtores de animais da raça Holandesa, os quais desenvolvem suas atividades em Ivinhema, município da região sul de Mato Grosso do Sul (MS). Elaborado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas/MS) e a prefeitura de Ivinhema, o projeto visa melhorar a produtividade dos animais, expandir a produção de leite e derivados e gerar animais para venda.

Além da pastagem irrigada, implantada por causa da estiagem prolongada que prejudica a pecuária leiteira de Ivinhema, o projeto oferece aos produtores três serviços, que funcionam em instalações móveis: (a) rufião (touro) móvel, um veículo equipado com ultrassonografia, que realiza o monitoramento reprodutivo e sanitário, identificando animais que oferecem lucros; (b) vaca móvel, que analisa a qualidade do leite e identifica formas de melhoria, quantidade de gordura, acidez é água; e (c) agromóvel, que verifica a nutrição e manejo de pastagem, identificando boas práticas e simulando a ingestão de alimentos do gado.

Foto: Prefeitura de Ivinhema/Sebrae-MS

1006, 2021

Pesquisa indica substituição do milho pela palma forrageira Orelha de Elefante na alimentação de suínos

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade estadual da Paraíba (UEPB) apresentou uma nova possibilidade para a criação de suínos em regiões do Semiárido. Aplicada, na cidade de Catolé do Rocha, a pesquisa teve como objetivo o desenvolvimento de uma nova técnica sobre o uso da palma forrageira na produção do farelo, para que ela possa substituir parcialmente o milho, barateando o processo de alimentação de suínos., sem prejuízos para esses animais.

Os resultados demonstraram que a substituição do milho pelo farelo de palma Orelha de Elefante até o nível estudado (30%) não afetou o consumo de ração (1,70 kg/dia), além de apresentar ganho de peso médio diário de 640 gramas por dia, ganho de peso total de 26,88 kg e a conversão alimentar (transformação da ração consumida em peso corporal) em 2,37 kg de ração por quilo de peso ganho.

Assim, a pesquisa apontou que, em regiões onde a palma forrageira é cultivada, a sua utilização na forma de farelo pode ser uma alternativa viável, podendo compor a dieta dos suínos em substituição parcial ao milho sem prejuízo para o desempenho desses animais.
Presença marcante no Semiárido brasileiro, a palma forrageira é rica em água e carboidratos (energia). Após desidratada e triturada para produção do farelo, ela pode substituir parcialmente o milho, reduzindo o custo de produção de suínos.

Além de ser uma opção para a agricultura de base familiar, o cultivo da palma forrageira é imprescindível para manutenção dos rebanhos, podendo também ser utilizada como alimento energético para os suínos.

Foto: Givaldo Cavalcanti

806, 2021

Caprinocultores conseguem manter produção mesmo com a CAE, doença que atinge os animais

Ao seguir boas práticas de manejo, o caprinocultor consegue manter a produção leiteira mesmo com animais portadores de artrite encefalite caprina (CAE), doença viral que acomete cabras e bodes. Para isso, são fundamentais medidas como o monitoramento constante do rebanho por meio de teste sorológico semestral para o diagnóstico da doença e a separação dos animais doentes. Essas são algumas conclusões de mais de 25 anos de pesquisa do núcleo Embrapa Caprinos e Ovinos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e que foram reunidas no documento “Orientações de controle da artrite encefalite caprina em rebanhos leiteiros: conviver mantendo a produção” destinado a criatórios de diferentes portes e níveis de infraestrutura e que auxilia o produtor com medidas preventivas e de controle da doença.

A doença é incurável e de alta prevalência em rebanhos leiteiros nacionais e ocasiona importantes perdas econômicas, causando diminuição da produção e da qualidade do leite. A novidade é que o conjunto de práticas recomendado pelos pesquisadores da Embrapa permite a convivência e a manutenção da produção leiteira em rebanhos nos quais há animais diagnosticados com a artrite encefalite caprina (CAE).

De acordo com o pesquisador Rizaldo Pinheiro, anteriormente, a maneira de controlar a enfermidade nos rebanhos era abater os animais cujos resultados dos testes fossem positivos. “Esse procedimento era baseado, principalmente, na literatura europeia vigente na época. Hoje, vale o que diz a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) de setembro de 2013, que determina notificação mensal de qualquer caso confirmado da doença”, explica.

Foto: Adilson Nóbrega

106, 2021

Mortadela de frango com fibra de laranja pera apresenta menos gordura

Uso de fibras provenientes da laranja pera em mortadelas de frango possibilitou que o alimento obtivesse menor quantidade de gordura e redução de mais de 50% no teor calórico. Os resultados são positivos, pois foi possível manter as propriedades funcionais e sensoriais – como aroma, sabor e textura – da carne, além de trazer benefícios econômicos com a possível diminuição do preço.

A conclusão fez parte da tese de doutorado defendida pela nutricionista Rodicler Cerezoli Bortoluzzi na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o professor Massami Shimokomaki, da FCF. que orientou a tese, “o estudo mostra uma alternativa promissora para a enorme quantidade de fibra da laranja, existente em larga escala no Brasil devido à produção do suco de laranja”.

Segundo Massami, “após obter a polpa em uma fábrica de suco de laranja e processá-la até que virasse pó, o produto foi inserido no processo de fabricação da mortadela de frango como substituto de grande parte da gordura antes utilizada”.

“Com a substituição de gordura pela fibra obtida da polpa de laranja verificamos que houve redução de até 70% de gordura e o teor calórico diminuiu 51%”, explica Massami e acrescenta:
“Os produtos à base de carne, não costumam apresentar fibras em sua composição. O uso dessa alternativa proposta pela pesquisa ajuda a aumentar significativamente a presença de fibras nesse produto cárneo e pode beneficiar a alimentação”.

3105, 2021

Seara Alimentos ingressa no segmento de peixes e frutos do mar

A Seara Alimentos, do grupo JBS, amplia sua oferta de proteína ao consumidor ao ingressar no segmento de peixes e frutos do mar. Já estão no mercado dez novas opções de produtos, que estarão disponíveis em todo o território nacional no decorrer de 2020.
A linha de produtos é composta por: filé de tilápia, salmão em pedaços e lombo de salmão. Também compõem a linha o kit paella, mexilhão, anéis de lula e quatro opções de camarão, sendo um deles empanado.

A linha conta com uma seleção de peixes e frutos do mar congelados um a um, o que possibilita ao consumidor usar apenas o que precisar e guardar o restante para outro momento, garantindo a qualidade e a preservação do sabor e as características nutricionais.
O diretor do negócio de Pescados da Seara Alimentos, Sandro Facchini, afirma que a escolha do ingresso da empresa neste setor se deu pelo crescente consumo desse tipo de proteína no Brasil, trazendo uma oportunidade de ampliar a linha de produtos da marca no setor de alimentos, um dos mais inovadores e completos do mercado.

Fonte: JBS

2405, 2021

Apicultor de Minas Gerais cria carrinho para transporte de melgueiras

A colheita do mel exige boas práticas para preservar a qualidade do produto e suas características originais, bem como uma coleta eficiente. O transporte das melgueiras do apiário até a casa do mel é uma dessas etapas. Para facilitar e garantir mais segurança no trajeto, o apicultor José Nilton dos Santos (foto) do município de São João da Ponte, em Minas Gerais, criou um carrinho artesanal feito com sobras de madeira e uma roda de motocicleta.

Atualmente, José Nilton conta com 11 colmeias povoadas e vai para a sua segunda colheita. Com orientação técnica, o apicultor dobrou a produção. No ano passado, colheu 100 quilos de mel, e agora, no início da colheita, já foram coletados 210 quilos. Foi quando ele resolveu criar um veículo próprio para transportar as melgueiras.

Antes ele fazia o transporte com o carrinho de mão e não dava para transportar mais de uma melgueira, correndo o risco de cair por não ser adequado para o transporte.

O carrinho é simples, mas, com ele, o apicultor consegue transportar até quatro melgueiras de uma vez, com segurança. “Esse carrinho é mais fundo e reto, não balança e suporta mais peso, até 45 quilos”, detalha o produtor. A inovação facilitou a lida no campo e diminuiu o tempo de carregamento e de transporte.

O trajeto é de, pelo menos, 500 metros de distância. As melgueiras são cobertas com bandejas galvanizadas para proteger os favos operculados, evitar a entrada de abelhas e de poeira e, com isso, garantir a qualidade do mel.

1905, 2021

Embrapa cria isca artificial que permite aumento de mais de 50% de produtividade na pesca artesanal

Uma opção de isca artificial que usa fitilhos prateados (tiras de matéria plástica muito resistentes), material barato e facilmente encontrado no comércio, mostrou ganho de até 55% na pesca artesanal quando comparada a outras situações de pesca. O resultado faz parte de um dos experimentos do projeto PescAraguaia do núcleo pesca e aquicultura da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), conduzido em Caseara, município do estado de Tocantins.

Ao todo, o projeto envolveu 15 comunidades pesqueiras (entre colônias de pescadores e aldeias indígenas) de municípios da bacia do Araguaia no Tocantins.

O experimento abrangeu cinco expedições pesqueiras em oito locais de pesca do rio. No total, foram 53 lances de redes de emalhe, também chamadas malhadeiras e que são a principal modalidade usada pelos pescadores artesanais da bacia Araguaia-Tocantins.

As redes foram divididas em três partes iguais, duas com iscas artificiais e uma sem isca, considerada o controle ou referência no experimento. Além dos fitilhos prateados, foram usados lightsticks ou bastões de luz. Ambos facilmente encontrados no mercado.

O coordenador do projeto PescAraguaia, Adriano Prysthon, comemora o resultado do projeto. “Tivemos sucesso em aumentar a produtividade com baixo investimento e fácil acesso aos pescadores”.

Ele destaca ainda que essa tecnologia, gerada em parceria com a Universidade Estadual de Santa Catarina, pode ser estendida para qualquer ecossistema aquático onde haja pesca artesanal, seja em ambiente continental ou marinho.

Foto: Adriano Prysthon

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