Ciência e Tecnologia

Por Adeildo Lopes Cavalcante

Ciência e Tecnologia2020-05-27T13:29:02-03:00
1510, 2021

Fazenda Santa Rita em Mato Grosso lança nova raça bovina de corte

A raça foi desenvolvida pelo engenheiro agrônomo  Raul Almeida de Morais neto, proprietário de Fazenda Santa Rita. em Torixoréu, Mato Grosso. Para formação da Araguaia, Raul contou com o auxílio do especialista em genética bovina Gismar Silva Vieira que faz parte da administração fazenda.

De pelagem clara e adaptada ao clima seco e quente de Mato Grosso a raça tem como base de sua alimentação pastagens nativas do estado.

A raça, que recebeu o nome de Araguaia  em alusão ao rio do mesmo nome que passa por Torixoréu, tem em sua composição sangue de três raças: Nelore (originário da Índia) Caracu (raça europeia adaptada) e Blonde D’aquitaine (raça francesa).

Dócil e rústica, a Araguaia se caracteriza pela alta capacidade de produção. “Tanto que, segundo Raul, as fêmeas produzem bastante leite e os bezerros desmamam bem mais pesados. Enquanto um bezerro Nelore, de cinco meses e meio, pesa 185 quilos, um Araguaia, da mesma idade, pesa 275 quilos”.

O criador chama atenção para outro diferencial da raça:

“Em um experimento feito pelos pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, foi possível comprovar que os cruzamentos de touros Araguaia com matrizes Nelore tiveram, em média, duas arrobas a mais do que os animais puros Nelore da mesma idade”.

Para certificar a pureza racial dos produtos e acompanhar a distribuição geográfica do rebanho foi criada a Associação Brasileira de Criadores da Araguaia (ABCRA).

Fonte: ABCRA
810, 2021

Eficiência do óleo essencial de pimenta-de-macaco no controle de doença do pirarucu

O óleo essencial da pimenta-de-macaco (Piper aduncum), planta nativa da Amazônia, apresentou mais de 76% de eficácia no controle de parasitas do peixe pirarucu (Arapaima gigas), considerado o maior peixe de água doce do mundo.

A conclusão resulta de uma pesquisa que avaliou esse óleo a fim de substituir medicamentos veterinários.

Os pesquisadores também determinaram parâmetros seguros para que o seu uso não comprometa outros organismos aquáticos. Essa avaliação é importante caso os efluentes (principalmente resíduos industriais) da aquicultura atinjam os corpos d’água nas áreas vizinhas e contenham traços do produto.

O trabalho foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, e os núcleos  Meio Ambiente  e  Amazônia Ocidental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)  no âmbito do projeto BRS Aqua.

O óleo essencial mostrou ser eficiente e seguro para o controle de Hysterothylacium sp, parasita responsável por significativas perdas de produção em criações de várias espécies de peixes (principalmente o pirarucu)conforme estudos realizados por pesquisadores do núcleo Amazônia Ocidental da Embrapa.

Fonte: Unicamp/Embrapa
110, 2021

UNESP cria biossensor para diagnóstico da cisticercose, doença que ataca o gado

O biossensor foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista  (Unesp), em São Paulo, e é o primeiro  do mundo para o diagnóstico rápido da cisticercose bovina, causada pela ingestão de ovos do parasita Taenia saginata (solitária) que contamina as pastagens (foto).

O aparelho, que foi patenteado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), é de baixo custo, fácil produção e com resultados que saem em até dez minutos.

Segundo a Unesp, “a tecnologia visa auxiliar profissionais da área veterinária a identificar a doença em seu estágio inicial, acelerando o tratamento e evitando que a carne bovina esteja contaminada após o abate do animal; isto acarretar grandes prejuízos financeiros aos produtores e afetar a saúde dos consumidores”.

“Algumas soluções para a detecção precoce da doença ativa no organismo dos animais têm sido propostas, como o uso do teste Elisa e, que pode ser utilizado para identificar o vírus causador da cisticercose”, explica os pesquisadores e acrescentam:

“No entanto, ele possui diversas desvantagens em relação ao biossensor desenvolvido, pois além de precisar de laboratórios equipados para a realização do exame, encarecendo o procedimento, a tecnologia leva um tempo maior para revelar os resultados (algumas horas) e apresenta dificuldades em detectar casos leves da doença”

1709, 2021

ABPA e Apex-Brasil criam marca para promover carne de pato brasileira no exterior

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)  apresentaram ao mercado uma marca internacional para a carne de pato produzida no Brasil (a Brazilian Duck).

A marca, que ficou sob a  gestão da ABPA, tem como objetivo ampliar as exportações de carne de pato brasileira. “A razão é que  esse segmento  tem se destacado   na pauta dos embarques de proteína animal nos últimos anos”, diz a entidade.

A iniciativa tem como foco os mercados da Ásia e do Oriente Médio, destaca a ABPA  e acrescenta: “a estratégia é fortalecer a credibilidade, a sustentabilidade, a sofisticação e a excelência do produto brasileiro no exterior”.

“Há uma grande oportunidade de ampliação da pauta exportadora com o setor de patos, um nicho avícola de alto valor agregado. Vamos reforçar a boa percepção sobre o produto brasileiro, que agora ganha uma marca setorial alinhada aos valores já entregues pelo segmento no mercado interno e internacional”, diz o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

De acordo com dados levantados pela ABPA, o Brasil exportou 4 mil toneladas de carne de pato em 2020, volume que superou em 26,55% as vendas registradas pelo setor no ano anterior.

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Peru, Catar, Kuwait, Japão e Hong Kong estão entre os principais destinos das exportações do segmento, que geraram para o país US$ 10,5 milhões em divisas em 2020.

Fonte: ABPA/Apex-Brasil

1009, 2021

Zoetis desenvolve e lança teste inovador que identifica infecção em cavalos

Empresa que opera no setor de saúde animal, a Zoetis desenvolveu e lançou no mercado um aparelho portátil (denominado Stablelab) para teste de diagnóstico em equinos.

Sem similares no mercado brasileiro e com precisão superior a 95%, o teste detecta e quantifica a proteína amiloide A sérica (SAA), que é produzida no fígado e na circulação, quando o cavalo apresenta alguma infecção.

Em apenas 10 minutos, o teste permite aos médicos-veterinários detectarem processos inflamatórios de origem infecciosa. “Para se ter uma ideia do quão isso é inovador no cuidado com equinos, o resultado de um teste convencional de SAA em laboratório demora de 6 a 48 horas para sair”, diz Chester Batista, gerente técnico da Zoetis.

De acordo com o especialista, isso ocorre porque, após a coleta de sangue do animal, a amostra é enviada ao laboratório onde passa pelas etapas de armazenamento, processamento e rodagem do teste até a obtenção do resultado. “Já essa nova tecnologia nos permite ter tudo isso na palma da mão em apenas 10 minutos com a necessidade apenas da colheita do sangue. Isso é um incrível avanço para a medicina veterinária”, explica.

“Nosso novo teste portátil permite diagnosticar os casos antes de se tornarem graves e, ainda, monitorar a resposta ao tratamento de forma muito rápida e precisa”, destaca a gerente de produto da empresa, Bruna silper, acrescentando que, “com isso, o médico-veterinário pode ajustar o tratamento se necessário, favorecendo a saúde e o bem-estar do animal”.

Fonte: Zoetis

309, 2021

Apicultura: Védera lança suplemento alimentar para abelhas

A produção de mel e outros produtos oriundos da colmeia pode sofrer com seus períodos de “entressafra” pela falta de flores, das quais as abelhas se alimentam. E mesmo que elas consumam o mel que produziram, ficam carentes de importantes nutrientes para a sua saúde e bem estar.

Diante dessa situação, a Védera Nutrição Animal, desenvolveu um produto específico para suplementação alimentar das abelhas: o Melero.

Segundo o diretor executivo da empresa, Cesar Souza, o Meleiro atende uma demanda de apicultores que queriam resolver o problema da “entressafra” de floradas no campo, quando ficam bem restritos os lugares nos quais as abelhas podem coletar o néctar e, assim, produzir o mel e seu alimento.

“A principal consequência disto é a redução das funções metabólicas das abelhas, pois com menos nutrientes, elas ficam mais fracas precisando de produtos, como Melero, que recomponham essas necessidades”, explica Souza.

O Melero é elaborado a partir de insumos orgânicos e possui fonte energética, enzimas, aminoácidos, minerais e vitaminas essenciais. Ele é comercializado em embalagem de 5kg e é disponibilizado em dosagem média de 150g a 250 g por colmeia por período de 45 dias, permitindo que as abelhas mantenham seu equilíbrio e não sofram com a entressafra.

3108, 2021

Apicultura: Rota do Mel terá um polo na região do Médio São Francisco baiano

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Codevasf, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, lançaram um polo na Rota do Mel na região do Médio São Francisco baiano.

A partir da iniciativa, o Governo Federal desenvolverá ações para estruturar a cadeia produtiva da apicultura em 50 municípios da região.

“Acredito que a implantação da Rota é de fundamental importância”, diz o assessor especial do MDR Aldo Dantas, acrescentando que “ela contribui, sem dúvida nenhuma, para a geração de emprego e renda e para a diminuição das desigualdades regionais e sociais”.

“Para se ter uma ideia, nós esperamos que, das quase 700 toneladas produzidas artesanalmente na região, seja possível duplicá-las para cerca de 1,4 mil toneladas”, afirma.

A região de Irecê e de Bom Jesus da Lapa foi escolhida para iniciar a implantação da rota a partir de diversos critérios. “Em visitas à região, identificamos uma área de 12 mil hectares de produção de frutas e 3 mil hectares de reserva ambiental, o que traz um potencial enorme para a apicultura”, explica Dantas. Outro critério foi a representatividade e afinidade com a identidade regional, pois a região já possui uma produção de mel”, esclarece o coordenador nacional da Rota do Mel no MDR, Samuel Castro.

2608, 2021

Agroceres e Fazenda 3R de Mato Grosso do Sul lançam ração que acelera ganho de peso de bezerro

A nova ração, que recebeu o nome de Confinatto 3R, é resultado de uma parceria entre a Agroceres e a Fazenda 3R, localizada no município de Figueirão, em Mato Grosso do Sul.

Focada no ganho de peso dos animais, a ração traz um novo conceito de nutrição de bezerros ao país.

Acompanhada de manejo adequado, ela permite que os animais cheguem no período de desmame, aos 10 meses, com mais de 300 quilos, possibilitando ao produtor “pular” toda a fase de recria e abater os animais quase um ano mais cedo, explica o médico veterinário e nutricionista de bovinos da Agroceres, Rodrigo Meirelles.

Segundo o criador Rubens Catenacci, proprietário da Fazenda 3R, a nova ração foi desenvolvida a partir da experiência de produção no seus criatório. Ancorado no tripé: genética, manejo e nutrição, a fazenda se tornou referência nacional com uma fórmula que faz um bezerro atingir cerca de 300 quilos, o que confere ao animal ainda precoce um peso equivalente a dois terços do peso do boi gordo.

2008, 2021

Seara Alimentos lança sistema para gestão 100% digital de granjas de aves e suínos

A Seara Alimentos lançou um sistema (denominado SuperAgroTech) que vai beneficiar mais de 9.000 produtores de aves e suínos que fornecem com exclusividade para a empresa.

A iniciativa possibilitará a gestão 100% digital das granjas. Isso significa que toda a rotina, relatórios e documentações passam a operar com ajuste de processos e ganho de tempo.

O produtor também contará com um e-commerce ou comércio eletrônico exclusivo de insumos e equipamentos, canal de comunicação, condições especiais de créditos e monitoramento em tempo real das granjas.

A Seara criou uma estrutura para acelerar os avanços nas granjas e dar suporte ao produtor na gestão de recursos do seu negócio. “Queremos apoiar o nosso produtor com recursos para que ele tome as melhores decisões e, assim, tenha mais rentabilidade”, diz Rafael Sousa, diretor executivo de Inovação Tecnológica da empresa. E acrescenta:

O sistema SuperAgroTech é uma iniciativa pioneira, que garantirá atendimento personalizado e benefícios múltiplos a nossos produtores”.

1608, 2021

Purunã, primeira raça brasileira de bovino para corte desenvolvida no Paraná, ganha adeptos pelo Brasil

Única raça bovina de corte idealizada por um centro estadual de pesquisa, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR),  vem atraindo o interesse de pecuaristas de todo o Brasil.

“A raça está hoje presente em todas as regiões, com destaque para os estados do Pará, Piauí, Bahia, Maranhão, Rondônia e Acre”, diz  o diretor da Associação Brasileira de Criadores da Raça Purunã (ABCP), Piotre Laginski.

A ABCP conta hoje com 42 pecuaristas associados e mais de 8 mil animais sob seu controle.

Desenvolvida a partir de cruzamentos entre as raças Charolês, Aberdeen Angus, Caracu e Canchim, a Purunã foi oficialmente reconhecida pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que também credenciou a ABCP para fazer o controle genealógico, procedimento que atesta a origem dos animais e de seus ascendentes e descendentes.

O interesse dos pecuaristas por animais Purunã vem crescendo desde que a raça foi oficializada. De acordo com Laginski, nos últimos 10 anos foram comercializados mais de mil touros, cerca de 10% desse total para fora do Paraná.

Segundo Laginski, “esse crescente interesse se deve principalmente à fácil adaptação da raça. ”Os animais”, acrescenta,  “mantêm alta produtividade nas mais variadas condições de solo e de temperatura ambiente”, afirma.

Para o diretor da ABCP, essa adaptabilidade torna a Purunã uma raça apropriada a qualquer perfil de criador, do mais simples ao mais especializado, para manejo em pasto ou em confinamento.

Um importante destaque da nova raça, segundo ele, é “o seu elevado rendimento da carcaça e a alta qualidade da carne. Na indústria, tem sido possível alcançar uma média de 59% de rendimento de carcaça em animais Purunã machos, contra 54% obtido em outras raças”.

De acordo com Laginsk, “na ponta da cadeia produtiva, o consumidor tem acesso a uma carne macia, com excelente marmoreio e presença equilibrada de gordura”.

Os especialistas chamam de marmoreio a gordura entremeada na carne, que, no preparo, pode ser notado na forma de suculência, maciez e sabor amanteigado

Foto: IDR

908, 2021

Pesquisa da ABPA aponta consumo de proteína animal em 98,5% dos lares

Uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ao Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado (CEAP) mostra que 98,5% dos lares consomem algum tipo de proteína animal.

O ovo é o principal destaque, com 96% de presença, seguido pela carne de frango, com 94%, carne suína, com 80%, carne bovina, com 79% e peixe, com 65%.
A pesquisa foi realizada entre novembro de 2020 e fevereiro deste ano, com 2.500 entrevistas em 113 cidades pelo país. Foram mais de três mil horas de entrevistas realizadas por 120 profissionais, focando membros das residências com poder de decisão de compra no domicílio, de ambos os sexos, das classes A,B,C,D e E, com idades entre 18 e 65 anos.

De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados informaram consumir ovos todos os dias. No caso da carne de frango, 54% consomem até três vezes por semana. Com a mesma frequência, 34% informaram consumir carne suína.

Questionados sobre a proteína animal mais consumida na residência, o ovo foi o principal mencionado por 35% dos entrevistados, seguido pela carne de frango, com 34% e a carne suína, por 4%. Realizada durante o período de pandemia, a pesquisa apontou que o consumo das carnes ocorre especialmente em casa.

No caso da carne de frango, 69% dos entrevistados preferem adquirir o produto em cortes, seguido  por frango inteiro, com 22%; 9% declararam comprar ambos os produtos. Os resfriados lideram as compras, com 55%, contra 40% de congelados, e 5% que informam adquirir os produtos nas duas formas.

Foto: ABPA

208, 2021

Levantamento mapeia cadeia da piscicultura do estado de São Paulo

Um levantamento feito por técnicos da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS),  da secretaria estadual da Agricultura de São Paulo, mapeou a cadeia de produção da piscicultura no estado. Os dados trazem as principais espécies e as formas de produção de peixes de cultivo em todas as regiões paulistas.

“Trata-se de um levantamento essencial para entender este movimento crescente do aumento da produção de peixes, em especial a tilápia, no estado de São Paulo e, também, as ações que podem ser executadas a partir desse conhecimento para que a atividade se desenvolva de forma adequada e sustentável e atinja o potencial esperado”, explica o coordenador da CDRS, engenheiro agrônomo José Luiz Fontes.

Os especialistas percorrem todas as regiões produtivas. Em 2019 foram contabilizados 3.337 imóveis rurais com a atividade. Em linhas gerais, a maior concentração de pisciculturas em tanques-redes fica nos reservatórios das usinas hidroelétricas dos rios Paraná

No reservatório de Ilha Solteira, encontram-se as maiores produções de peixes em tanques-rede, totalizando 23.407,2 toneladas/ano. A produção de peixes em viveiros escavados está distribuída em todo o estado, com predominância nas regiões de Limeira (1.723,2 toneladas/ano), Bragança Paulista (1.546,6 toneladas/ano) e Araçatuba (1.026,8 toneladas/ano).

Quanto ao sistema, barramentos são um total de 268 pisciculturas, em 138 municípios; viveiros escavados são 988 pisciculturas, em 315 municípios; e para tanques-rede, um total de 224 pisciculturas, em 87 municípios.

A região de Bragança Paulista apresenta o maior número de pisciculturas cadastradas. A espécie de peixes mais produzida é a tilápia. São Paulo produziu um total de 186.980,50 milheiros de alevinos e juvenis no ano de 2018, sendo 125.116,9 milheiros/ano de alevinos e juvenis de tilápia.

Fonte: Secretaria estadual de Agricultura de São Paulo

2907, 2021

Embrapa  ganha curral circular para melhorar o manejo e segurança do gado

O núcleo Gado de corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está de curral novo. Batizada de Centro de Manejo de Baixo Estresse, a instalação moderna substitui a estrutura do “Retiro do Rochedo”, construída na época da fundação da unidade.

O novo modelo de manejo prioriza o bem-estar animal e visa tornar o manejo mais seguro para o trabalhador rural. Com 600 metros quadros, o curral comporta até 200 animais simultaneamente.

De acordo com pesquisadores, o formato circular diminui o estresse do gado na hora do manejo. As paredes são fechadas para que os animais não se distraíam e caminhem sem esforço até o tronco de contenção.

Com um custo total da obra estimado em R$ 400 mil, a maior parte dos recursos (construção do curral antiestresse e cobertura com telhado antitérmico) veio do Acordo de Cooperação Técnica do projeto Carne Carbono Neutro, assinado entre a Marfrig e a Embrapa.

A Marfrig atua na produção e comercialização de carne bovina e no comércio de tronco de contenção para  evitar acidentes no manejo de animais
 
Foto: Embrapa/Divulgação

2607, 2021

Epamig testa com sucesso cocho que melhora alimentação de bezerro

Diante da alta do preço do boi gordo, é cada vez maior a procura por bezerros de qualidade para reposição do gado. Com o objetivo de melhorar o desempenho de animais jovens, alguns produtores estão adotando o “creep-feeding”, técnica de suplementação alimentar concentrada em locais de acesso restrito aos bezerros.

De acordo com o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Sidnei Lopes, ao corrigir e enriquecer a dieta de bezerros, o creep-feeding pode melhorar o desempenho de cada animal e conferir mais peso corporal ao desmame.

Além disso, a técnica auxilia no desenvolvimento do rúmen, diminui o estresse, reduz a mortalidade dos bezerros e aumenta o giro de capital do produtor.
Segundo Sidnei Lopes, a quantidade de suplemento que o produtor deve utilizar após a fase da desmama depende de uma série de fatores, entre eles, o ciclo de produção, a qualidade e a disponibilidade de pasto.

“Geralmente, e de acordo com a meta estabelecida pelo produtor, quanto pior a quantidade e a qualidade do pasto, maior será a demanda por suplementos concentrados”, diz o pesquisador

Foto: Epamig

2007, 2021

Apicultura: fazenda inaugura primeiro hotel para abelhas em São Paulo

Com o objetivo de proteger e preservar a saúde das abelhas e proporcionar abrigo a insetos polinizadores solitários, a Fazenda Água Milagrosa, propriedade do grupo Junqueira Rodas, localizada em Tabapuã, em São Paulo, inaugurou em parceria com a Bayer, o primeiro hotel de abelhas da região.

O hotel de abelhas consiste em uma estrutura de madeira em forma de favo de mel, em que são inseridos troncos de árvores com diferentes perfurações, que funcionam, por sua vez, como “casinhas” para os insetos. A iniciativa surge como alternativa de abrigo, evitando a mortalidade das abelhas, assegurando a manutenção e biodiversidade desses insetos.

A estrutura é disponibilizada a propriedades rurais como parte das ações de um programa da Bayer que tem como objetivo promover o engajamento público para proteção às abelhas e apoio à pesquisa e geração de conhecimento destinado à saúde.

De acordo com a diretoria do grupo, “aqui na Água Milagrosa e nas outras propriedades do grupo, temos muitas abelhas, visto que são polinizadores essenciais dos pomares de laranja. Na empresa, temos como missão sempre preservar o meio ambiente e as espécies; por isso, todo nosso manejo é sustentável, de forma a manter a cadeia ecológica em equilíbrio.

O hotel foi projetado para abrigar abelhas solitárias, que não têm costume de viver em colmeias. São insetos que têm por hábito viver em cavidades no solo ou troncos de árvores.

A maioria das espécies de abelhas tem hábito solitário, pois procura ou escava pequenos espaços em estruturas naturais para fazer os ninhos. Os hotéis de abelhas são espaços ideais para que esses insetos polinizadores possam fazer sua “morada”.

1907, 2021

Novo kit desenvolvido pela Embrapa acelera o diagnóstico da tuberculose bovina

Um novo kit de diagnóstico desenvolvido pelo núcleo Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) obteve alto índice de acerto na detecção da tuberculose bovina, doença responsável por perdas anuais de cerca de US$ 3 bilhões na pecuária de corte mundial.

A inovação está em associar o método Elisa (sigla inglesa para ensaio de imunoadsorção enzimática) ao teste intradérmico, atualmente o único oficial para a tuberculose bovina no Brasil.

O novo kit apresenta como vantagens a praticidade, rapidez e possibilidade de testar várias amostras em curto espaço de tempo, além de automação na obtenção dos resultados, baixo custo e fácil padronização para uso em diferentes laboratórios.

Foto: Eliana Cezar

1207, 2021

IB disponibiliza ao setor agropecuário frascos de produto para diagnosticar brucelose com menos doses

O Instituto Biológico, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, passou a disponibilizar para o setor agropecuário fracos de imunobiológicos usados para diagnóstico de brucelose com menos doses. Com isso, o IB atende à demanda antiga do setor, principalmente, das propriedades com número reduzido de animais de produção, que terão queda no desperdício de doses.
O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) também é beneficiado, já que doses antes desperdiçadas passam a ser utilizada para o diagnóstico da doença em outros animais.

Segundo o médico-veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão, o Instituto já começou a disponibilizar em maio as duas opções de frascos para o setor, uma com menos dose e outra com o número tradicional. Nesse contexto, veterinários encontraram no mercado AAT, antígeno para diagnóstico da brucelose, com 160 e 64 doses. Também estão sendo produzidas e, em breve, estarão no mercado: o antígeno Prova Lenta de 60 e 24 doses, além das Tuberculinas Bovina e Aviária de 50 e 20 doses.

De acordo com Jordão, “essa ação é muito importante, pois tínhamos muito desperdício de doses em propriedades com número reduzido de animais. Quando o produtor precisava levar parte de seu rebanho para leilão ou exposição, por exemplo, também perdia muitas doses. Quando um frasco é aberto, o prazo de validade se reduz rapidamente. O ideal é sempre utilizar frascos recentemente abertos, para evitar diagnósticos falso positivos ou falso negativos”.
O IB é a única instituição brasileira autorizada a produzir este insumo no Brasil.

Fonte: IB

507, 2021

Produção de frango caipira se destaca em programa agroindustrial do governo de Minas Gerais

O governo de Minas Gerais, implantou, através da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Programa de Certificação de Produtos Agropecuários e Agroindustriais (denominado Certifica Minas) com a finalidade de assegurar a qualidade dos produtos agropecuários e agroindustriais produzidos no estado. A certificação ocorre por meio da concessão de Certificado e do Selo de Conformidade Certifica Minas.

Um dos setores beneficiados pelo programa é o de produção de frango caipira, “atividade implantada em 310 municípios que produzem esse tipo de frango com algum propósito de comercialização”, afirma o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Bovo.

Carlos Eduardo diz acreditar no potencial de crescimento desse setor no estado e acrescenta: “A produção de frango caipira no estado teve mais uma empresa reconhecida pelo programa Certifica Minas. A Fredini Alimentos, proprietária de uma granja e um frigorífico em Maravilhas, na região central do estado, já pode comercializar seus produtos com o selo da Seapa”. 

Na prática, segundo o gerente de Certificação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Rogério Fernandes, o selo confere ao consumidor a certeza de que os frangos foram, entre outras características, criados soltos, com alimentação vegetal e não forçada.

A empresa Fredini abate, aproximadamente, 8 mil aves certificadas a cada 70 dias, o equivalente a cerca de 45 mil por ano. Para manter o selo, que precisa ser renovado periodicamente, há uma série de protocolos a serem obedecidos. As aves devem ser criadas soltas em piquetes de pastejo, que são sempre cercados, bem ventilados e com sombreamento.

2106, 2021

Pastagem irrigada viabiliza projeto de criação de gado de leite de produtores de Mato Grosso do Sul

O projeto reúne 19 produtores de animais da raça Holandesa, os quais desenvolvem suas atividades em Ivinhema, município da região sul de Mato Grosso do Sul (MS). Elaborado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas/MS) e a prefeitura de Ivinhema, o projeto visa melhorar a produtividade dos animais, expandir a produção de leite e derivados e gerar animais para venda.

Além da pastagem irrigada, implantada por causa da estiagem prolongada que prejudica a pecuária leiteira de Ivinhema, o projeto oferece aos produtores três serviços, que funcionam em instalações móveis: (a) rufião (touro) móvel, um veículo equipado com ultrassonografia, que realiza o monitoramento reprodutivo e sanitário, identificando animais que oferecem lucros; (b) vaca móvel, que analisa a qualidade do leite e identifica formas de melhoria, quantidade de gordura, acidez é água; e (c) agromóvel, que verifica a nutrição e manejo de pastagem, identificando boas práticas e simulando a ingestão de alimentos do gado.

Foto: Prefeitura de Ivinhema/Sebrae-MS

1006, 2021

Pesquisa indica substituição do milho pela palma forrageira Orelha de Elefante na alimentação de suínos

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade estadual da Paraíba (UEPB) apresentou uma nova possibilidade para a criação de suínos em regiões do Semiárido. Aplicada, na cidade de Catolé do Rocha, a pesquisa teve como objetivo o desenvolvimento de uma nova técnica sobre o uso da palma forrageira na produção do farelo, para que ela possa substituir parcialmente o milho, barateando o processo de alimentação de suínos., sem prejuízos para esses animais.

Os resultados demonstraram que a substituição do milho pelo farelo de palma Orelha de Elefante até o nível estudado (30%) não afetou o consumo de ração (1,70 kg/dia), além de apresentar ganho de peso médio diário de 640 gramas por dia, ganho de peso total de 26,88 kg e a conversão alimentar (transformação da ração consumida em peso corporal) em 2,37 kg de ração por quilo de peso ganho.

Assim, a pesquisa apontou que, em regiões onde a palma forrageira é cultivada, a sua utilização na forma de farelo pode ser uma alternativa viável, podendo compor a dieta dos suínos em substituição parcial ao milho sem prejuízo para o desempenho desses animais.
Presença marcante no Semiárido brasileiro, a palma forrageira é rica em água e carboidratos (energia). Após desidratada e triturada para produção do farelo, ela pode substituir parcialmente o milho, reduzindo o custo de produção de suínos.

Além de ser uma opção para a agricultura de base familiar, o cultivo da palma forrageira é imprescindível para manutenção dos rebanhos, podendo também ser utilizada como alimento energético para os suínos.

Foto: Givaldo Cavalcanti

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