Ciência e Tecnologia

Por Adeildo Lopes Cavalcante

Ciência e Tecnologia2020-05-27T13:29:02-03:00
706, 2022

Novidade: UFRRJ e UFV desenvolvem o superburro

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), localizada na cidade do mesmo nome em Minas Gerais, desenvolveram, dentro de um projeto inédito no Brasil, o que denominaram de superburro.

Ele é fruto do cruzamento do jumento Pêga com égua da raça Bretã, originários, respectivamente, do Brasil e da França.

Como a raça Bretã é robusta e forte, os híbridos oriundos desse cruzamento são animais de grande força e muitas vezes com andamento marchado.

O superburrro (de peso que varia de 500 quilos a mil quilos), é resistente a temperaturas altas e adaptado a terrenos acidentados. Comparado com o cavalo, ele tem maior recuperação e menor consumo de água após uma jornada diária de trabalho de cinco horas.

Fonte: UFRRJ
3105, 2022

UFRRJ, UFG e Embrapa desenvolvem tecnologia inovadora para controle do carrapato que ataca bovinos

Pesquisadores de três instituições públicas de pesquisas – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) – desenvolveram e testaram uma tecnologia inovadora para o controle do carrapato Rhipicephalus microplus, ectoparasita (verme) que vive na pele dos animais e que causa perdas econômicas elevadas aos criadores, envolvendo a produção de carne e de leite.

Como a maior parte dos carrapatos das criações de bovinos encontra-se no solo ou na pastagem, nos estágios de ovos e larvas recém-eclodidas, os pesquisadores estudaram a aplicação direta na pastagem de formulações granulares secas de Metarhizium robertsii, um microrganismo do grupo de fungos conhecido como entomapatogênicos, isto é, capazes de causar doença em insetos

Segundo o pesquisador Allan Felipe Marciano, da UFRRJ, “para o controle do ectoparasita foram utilizadas formulações baseadas em duas formas do fungo, microscleródios e blastosporos. Ambas são obtidas do processo de fermentação líquida”.

E acrescenta: “O uso do inimigo natural mostrou-se bem-sucedido nas condições realizadas. A pesquisa demonstra que aplicar o acaricida biológico nas pastagens pode ser uma técnica efetiva para controle da população de carrapatos no ambiente, e assim reduzir a infestação dos bovinos. Além de reduzir significativamente o número de larvas do ectoparasita durante a estação úmida, com mais de 60% de eficácia, a formulação fúngica também foi considerada uma tecnologia sustentável e de baixo custo”.

Fonte: UFRRJ
2405, 2022

Epamig cria e disponibiliza aplicativo gratuito para gerenciar custos na atividade leiteira

A maioria dos criadores de gado leiteiro de Minas Gerais não registra os dados de despesas e receitas de atividades leiteiras e, assim, não realiza a apuração dos custos de produção. A informação consta de estudos realizados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária daquele estado (Epamig).

Para ajudar a solucionar o problema, a Epamig desenvolveu o aplicativo de Gerenciamento de Custos na Atividade Leiteira (Gercal) destinado, principalmente, aos pequenos criadores.

Segundo o pesquisador do órgão, Djalma Pelegrini, a falta de controle dos custos na atividade leiteira afeta os negócios de maneira negativa. Para ele, o produtor, após prejuízos constantes, pode até ser levado a desistir da atividade.

“Quando não registramos as despesas, corremos o risco de realizar gastos além do necessário, o que impacta diretamente nas contas. Além disso, quando não controlamos os custos, perdemos a oportunidade de fazer o planejamento econômico-financeiro da propriedade e de realizar compras no momento adequado”, diz Djalma Pelegrini, que participou do processo de idealização do sistema.

O Gercal é um aplicativo para celular que estima os custos de produção de leite e auxilia os produtores na contabilidade gerencial das propriedades dedicadas à produção de leite.

Fonte: Epamig
1705, 2022

Novidade: MSD Saúde Animal lança máquina de vacinação automática de tilápias com tecnologia 100% brasileira

Desenvolvida pela MSD Saúde Animal, empresa que atua no mercado da cadeia industrial de criação de tilápias, a máquina – denominada AutoFish™- DC 5000 – possibilita a padronização no processo de vacinação injetável de tilápias, aumentando em 316,6% a capacidade produtiva da atividade quando comparada com a vacinação manual.

Atualmente, a vacinação manual apresenta produtividade média de, aproximadamente, 1.200 peixes por hora, por pessoa. A AutoFish™- DC 5000, por sua vez, tem capacidade de operar até 5.000 peixes por hora, por pessoa, além de possibilitar mais segurança e padronização ao processo de vacinação e à contagem dos animais.

“O fato de ser uma tecnologia totalmente brasileira aumenta a capacidade de acesso perante outras tecnologias importadas, devido ao custo mais acessível; no entanto, com o mesmo potencial produtivo”, diz Rodrigo Zanolo, gerente de mercado de aquicultura da empresa. E acrescenta:

“As novas soluções, resultados da união entre ciência e tecnologia, permitem à indústria atingir novos patamares de produtividade em vacinações e, assim, atender à demanda de tecnologias capazes de prover mais saúde e bem-estar animal, bem como facilitar as operações de grande volume”.

Fonte: MSD Saúde Animal
1005, 2022

Embrapa cria protocolo para tratamento da pseudogestação, doença que afeta cabras e ovelhas

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desenvolveram um protocolo para tratamento da pseudogestação ou hidrometra, uma doença que afeta principalmente cabras leiteiras, comprometendo seu desempenho reprodutivo e trazendo prejuízos econômicos aos criatórios de cabras.

O método, que já vem sendo usado com sucesso em diferentes criatórios de cabras e ovelhas de regiões brasileiras, se baseia na utilização de três doses do hormônio prostaglandina, que ajuda a drenar o fluido uterino e estimula a ocorrência de cio e a ovulação.

A enfermidade é bastante comum nos rebanhos leiteiros de alta produção. Ela avança de forma lenta e só é diagnosticada clinicamente depois de estabelecida.

Por isso, os pesquisadores recomendam uma avaliação periódica do rebanho com realização de ultrassonografia, a fim de identificar precocemente e minimizar o prejuízo econômico causado pela doença.

305, 2022

Embrapa cria e valida método para manipulação segura de ovos em pequenos criatórios

Para garantir a segurança e a qualidade do ovo produzido por pequenos produtores uma equipe de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu e validou um método para manipulação segura de ovos.

Os protocolos para pequenos produtores estão detalhados em um guia destinados a avicultores, disponível no Portal Embrapa.

A orientação é que os avicultores sigam o protocolo estabelecido para proteção de sua saúde e evitem a contaminação do produto, executando uma sequência de seis etapas, desde a coleta nos ninhos.

Para isso, os pesquisadores reuniram um conjunto de procedimentos de segurança que visam prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes à produção de ovos em pequena escala, capazes de comprometer a saúde humana.

“A base das recomendações é que os ovos produzidos sejam o mais limpo possível, evitando a contaminação por fezes, microrganismos presentes no ambiente de produção e garantindo a segurança do produtor e do consumidor”, diz o pesquisador da Embrapa, Eduardo Walter, líder do projeto OvOLimp.

1804, 2022

Piscicultura: nível de proteína na dieta afeta crescimento de pacu

Estudo coordenado pelo núcleo Meio Ambiente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal do Paraná e da Itaipu Binacional, demonstrou que o nível de proteína na dieta afeta significativamente o crescimento, consumo de ração e a composição corporal dos juvenis (filhotes) de pacu em sistema bioflocos (recurso que permite que a água utilizada na piscicultura dure muito mais tempo do que o normal).

O pacu é uma espécie nativa que se destaca pelo rápido crescimento, rusticidade, aceitação pelo mercado consumidor, além da adaptação a diversos sistemas de produção.

O sistema bioflocos permite altos índices de produtividade com baixo impacto ambiental, onde a biomassa microbiana, com alto teor proteico (estimada em 50%), pode ser aproveitada como alimento complementar, o que potencialmente permite a redução do custo de produção.

“Uma vez que os custos com o alimento industrializado estão diretamente relacionados com a quantidade de proteína presente na dieta, a definição do nível proteico adequado para determinada fase, espécie e sistema de produção é essencial, pois a alimentação pode representar até 70% do custo de produção”, diz o pesquisador Hamilton Hisano do núcleo.

1704, 2022

Bovinos: pesquisa da UFLA mostra que nova técnica de inseminação artificial aumenta taxa de prenhez de vaca

A inseminação artificial é uma biotecnologia importante para melhorar o desempenho da pecuária. No Brasil, mais de oito milhões de vacas são inseminadas ao ano, ou seja, ficam prenhas a partir da administração do uso do sêmen congelado do touro introduzido na vagina da fêmea.

A fim de aumentar a eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos, uma pesquisa do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, mostra que é possível reduzir para 22 dias o intervalo entre inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Até então, o prazo era de 40 dias.

A inseminação artificial em tempo fixo, batizada com a sigla IATF, é o método mais utilizado para facilitar o manejo do gado nas últimas décadas, porque elimina a necessidade de monitorar o cio da vaca. O método usa hormônios que induzem a ovulação da vaca e possibilita a inseminação em dia programado.

Ele permite inseminar um grande número de fêmeas em um mesmo dia, sem a observação de cio.

“Se antes era possível realizar três inseminações em tempo fixo em um intervalo de 80 dias, o estudo mostra  que agora é possível reduzir esse intervalo para 44 dias”, explica o pesquisador José Nélio de Sousa Sales.

Fonte: UFLA
1404, 2022

Inovação: Brasil conta com nova técnica para reprodução equina

O Brasil já dispõe da técnica de reprodução de animais de alto valor genético com o uso do processo de reprodução in vitro ICSI (sigla em inglês de Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide). Ela possibilita a formação de embriões in vitro a partir de uma injeção de um único espermatozoide dentro de cada óvulo.

Até pouco tempo, a reprodução de animais por meio da técnica ICSI, era oferecida por apenas cinco laboratórios em todo o mundo, localizados nos Estados Unidos e na Europa.

No Brasil, essa técnica pioneira também já está disponível comercialmente para criatórios de equinos de todo país, através da empresa In Vitro Brasil Clonagem.

Localizada em Mogi Mirim, São Paulo, essa empresa é especializada na reprodução in vitro de embriões de equinos pela técnica ICSI.

“Na inseminação artificial convencional necessitamos de um mínimo de 150 milhões de espermatozoides viáveis, enquanto na ICSI só precisamos de um; sendo assim, essa técnica tem a vantagem de permitir a produção de gestações utilizando um sêmen de baixa qualidade, ou raro, ou ainda de alto custo, como é o caso de sêmen congelado comercializado por palheta de plástico”, diz a veterinária Perla Fleury, uma das responsáveis pela técnica inovadora no Brasil.

Ela ressalta que a tecnologia também possibilita a produção de embriões de éguas, que não respondem mais à técnica convencional de transferência de embriões, em razão de diversos problemas reprodutivos.

1304, 2022

Embrapa: sombra artificial de criação de gado em confinamento reduz consumo de água do rebanho

Pesquisadores de vários centros da Embrapa têm comprovado que a sombra proporciona, além de bem-estar aos animais, eficiência na produção. Experimento realizado pelo núcleo Pecuária Sudeste da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em São Carlos (SP), avaliou o impacto do efeito do sombreamento artificial sobre as características fisiológicas, comportamentais e de desempenho de animais da raça Nelore.

Segundo o pesquisador Júlio Palhares “os animais que tiveram acesso à sombra consumiram diariamente, em média, três litros de água a menos que o gado que estava a pleno sol”. Outro dado importante da pesquisa foi a produtividade hídrica (relação do peso de carne produzido por litros de água utilizados). Ela foi 10,37% maior nas condições de sombra.

Para ele, “os criadores devem estimular a implementação de tecnologias que ajudem a reduzir o impacto das mudanças climáticas e dar mais conforto aos animais e, ainda, melhorar a produtividade hídrica”.

E acrescenta:

“O experimento realizado pelo núcleo mostrou que a sombra artificial influenciou no consumo de água e manteve o desempenho animal”.

Fonte: Embrapa
804, 2022

Saúde Animal: novo kit acelera o diagnóstico da tuberculose bovina

Desenvolvido pelo núcleo  Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizado em Campo Grande (estado de Mato Grosso), o novo kit se caracteriza por obter alto índice de acerto na detecção da tuberculose bovina, doença responsável por perdas anuais de cerca de US$ 3 bilhões na pecuária de corte mundial.

A inovação está em associar o método Elisa (sigla inglesa para ensaio de imunoadsorção enzimática) ao teste intradérmico, atualmente o único oficial para a tuberculose bovina no Brasil.

“O kit apresenta como vantagens a praticidade, rapidez e possibilidade de testar várias amostras em curto espaço de tempo, além de automação na obtenção dos resultados, baixo custo e fácil padronização para uso em diferentes laboratórios”, diz o núcleo e acrescenta:

“Animais com diagnóstico de tuberculose têm sua produtividade afetada apresentando quedas no ganho de peso, diminuição da produção de leite e condenação de carcaças”.

104, 2022

Unesp desenvolve equipamento para obter altura ideal da pastagem para o gado

Essa prática agora se tornou possível graças a um equipamento criado pela UNESP Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, que automatiza a medição da altura da pastagem. A medição é feita por meio de ultrassom, dispensando assim técnicas manuais que fazem uso de régua ou trena.

Desenvolvido pelo zootecnista Leandro Coelho de Araújo, professor no Departamento de Biologia e Zootecnia, e pelo engenheiro mecânico Douglas Domingues Bueno, professor no Departamento de Matemática do núcleo Ilha Solteira da Unesp, “o equipamento é capaz de realizar dezenas de registros por minuto, cobrindo uma área muito maior e com muito mais precisão que a medição manual, permitindo uma maior eficiência de pastejo”, explica Araújo.

“Essa busca pelo ótimo, acrescenta, é o que se chama hoje em dia de Zootecnia de Precisão: cada dia que você perde com os animais abaixo da sua eficiência de pastejo resulta em menor produtividade para o produtor”,

O equipamento apresenta outra vantagem: é de pequeno porte e, por isso, pode ser acoplado a um drone, permitindo o registro e o cálculo da altura do capim de grandes áreas destinadas à pecuária.

Fonte: Unesp
2503, 2022

Saúde animal: Embrapa desenvolve detector de prenhez para bovinos e equinos

O núcleo Instrumentação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizado em São Carlos (SP), desenvolveu um equipamento portátil e de custo acessível, que permite diagnosticar no campo, de forma rápida, com o uso de ultrassom, a prenhez em éguas com gestação de 22 dias e, em vacas a partir de 35 dias.

Em relação ao método tradicional da apalpação, possibilita o manejo mais adequado dos animais, ao realizar o diagnóstico mais cedo, além de evitar o chamado “falso positivo”, que pode ocorrer quando o feto está morto e também levar à morte da fêmea prenha.

1803, 2022

Criador de bovinos do Paraná ordenha vacas com robô e faz sucesso na produção de leite

O engenheiro agrônomo Rodrigo Henrique Moreto, proprietário da Fazenda 2M, em Munhoz de Melo, no Paraná, resolveu investir em um rebanho de animais da raça leiteira Jersey dentro de um projeto no qual as vacas são ordenhadas por robôs.

“Atualmente, graças a dois robôs – fabricados pela empresa holandesa Lely –, instalada no Paraná, estamos produzindo 30 litros por animal/dia” , diz Moreto, acrescentando que “essa era uma meta prevista em nosso plano de negócio para alcançarmos apenas em três anos, mas o atingimos em oito meses; isso por causa da quantidade de informação e qualidade da ordenha proporcionada pela tecnologia Lely”.

Moreto ressalta que o uso dos robôs abre novas possibilidades de programação de manejo do rebanho, e os benefícios são vistos no leite, como a taxa exata de gordura e proteína individual por animal. “Como recebemos e somos cobrados também por qualidade, consideramos esse parâmetro muito importante para o sucesso de nossa atividade”, explica.

Segundo ele, “o ambiente de trabalho também mudou; hoje os colaboradores atuam em um horário quase comercial, sem a necessidade de levantar-se às 4 horas da manhã e trabalhar até o anoitecer, como é comum na lida do campo”.

“Para o futuro”, acrescenta o criador, pretendemos ampliar a propriedade e, em um médio prazo, chegar a oito robôs e atingir a meta de 18 mil litros/dia; a estrutura já está pronta, estamos esperando mesmo estabilizar o nosso rebanho, que ainda é muito jovem e tem alta capacidade de produção”.

1103, 2022

Embrapa desenvolve material de referência de nutrientes em ração para uso como padrão de análises em diferentes laboratórios

Laboratórios de fábricas de ração para peixes estão adotando como padrão o material de referência desenvolvido por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na análise de nutrientes e controle da qualidade do produto destinado à alimentação de tilápias. A tecnologia permite resultados seguros, evita prejuízos aos produtores e reduz custos no processo.

O químico Aparecido Matsuda, responsável pelos laboratórios da fábrica de rações Matsuda, atesta a aceitação da tecnologia pelo mercado. “Quando um cliente vem visitar nossa fábrica e questiona nossas análises da ração, mostramos a eles que utilizamos o material de referência da Embrapa. É um diferencial.”

Materiais de referência são produtos que contribuem para a segurança dos resultados de análise laboratorial feita por fábricas de ração e serviços de controle de qualidade. São empregados na calibração de equipamentos de laboratório, avaliação de métodos analíticos, treinamento, acompanhamento e avaliação de operadores e no controle interno de qualidade e avaliação da qualidade externa dos resultados de análises laboratoriais.

“Eles têm importância para o setor produtivo por contribuir com a geração de resultados analíticos confiáveis no controle da qualidade de rações”, explica a pesquisadora Ana Rita Nogueira, do núcleo Pecuária Sudeste da Embrapa, responsável pelo desenvolvimento do material.

Fonte: Embrapa
403, 2022

Instituto de Pesca (IP) de São Paulo desenvolve novo tipo ração para peixes carnívoros

A novidade do IP, órgão ligado à Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento é fruto de parceria com a BRF Ingredients e permite a substituição total da farinha de peixe na alimentação da truta arco-íris utilizando insumos sustentáveis (econômica e ambientalmente) e subprodutos da indústria animal.

Essa espécie de peixes é uma das mais produzidas e consumidas em São Paulo..

De acordo com a pesquisadora do IP, Neuza Takahashi, “A criação de peixes carnívoros depende de ração à base de farinha de peixe, na qual 5 kg de peixes marinhos capturados são usados para produzir 1 kg de peixe cultivado”.

“Tal impacto sobre a natureza não é mais tolerado”, diz ela acrescentando “que os consumidores exigem uma ração com insumos não extrativista, como essa que desenvolvemos”.

Para o desenvolvimento da nova ração, foram utilizados subprodutos da indústria de processamento de aves, fontes proteicas renováveis de qualidade e rastreáveis.

“O produto, segundo a pesquisadora do IP, “encontra-se disponível no mercado nacional como Proteína Hidrolisada de Frango da BRF Ingredients e também está sendo comercializada no exterior”.

Fonte: Instituto de Pesca (SP)
2502, 2022

Novidade: pesquisadores da UFC desenvolvem processo para produção de camarão em pó

Base para o preparo de diversas iguarias, o camarão é considerado um dos alimentos mais saborosos das culinárias brasileira e internacional. Buscando novas formas de disponibilizar esse crustáceo, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram um processo para a produção de camarão desidratado em pó.

O objetivo do estudo é que o novo produto – rico em proteína – seja aplicado tanto na culinária quanto na indústria alimentícia, com possibilidade de produção em larga escala, principalmente no preparo de molhos, temperos para macarrão instantâneo e patê.

O invento, coordenado pelo professor José Maria Correia da Costa, do Departamento de Engenharia de Alimentos da UFC, contou com a participação dos ex-alunos Janaína de Paula Costa e Luís Gomes de Moura Neto. O processo para obtenção do novo alimento foi tema da dissertação de doutorado de Janaína, defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFC, sob orientação do professor José Maria.

Atualmente, quase toda a produção brasileira de camarões ocorre em estados da região Nordeste (99,6%), sendo que o Ceará é o segundo maior produtor nacional, atrás apenas do Rio Grande do Norte. Aracati, no litoral leste cearense, foi o município que mais produziu camarões no País em 2020, com 3,9 mil toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2020.

“O camarão em pó tem um potencial muito grande por ser obtido a partir de uma matéria-prima produzida em grandes quantidades no Ceará”, diz o professor José Maria e acrescenta:

“Além disso, como o crustáceo é muito perecível, a transformação dele em um produto industrializado e estável à temperatura ambiente favorece o seu uso durante um período maior”.

Fonte: UFC
1802, 2022

Novidade: IZ identifica ovinos que consomem até 37% menos alimentos e têm melhor desempenho de ganho de peso

Esse é o principal resultado das provas de eficiência alimentar em ovinos realizadas pelo IZ (Instituto de Zootecnia de São Paulo) entre 2015 e 2021.

De acordo com o pesquisador do IZ, Ricardo Lopes Dias da Costa, ao longo dos últimos sete anos, o órgão avaliou cerca de 200 animais de diferentes grupos genéticos e idades. Ressalta-se que cada grupo genético e idade foi avaliado em testes separados. Os animais oriundos do próprio IZ e de produtores do Estado de São Paulo foram colocados nas mesmas condições de ambiente.

Após 65 dias de teste foram identificados aqueles que tinham melhor Consumo Alimentar Residual (CAR), ou seja, que consumiam menos alimentos e mesmo assim tinham melhor desempenho de ganho de peso.

“O IZ é a única instituição do Brasil a ter cochos eletrônicos para medição do consumo ovino, um equipamento que facilita muito esse trabalho. Por meio desse teste, conseguimos ranquear os melhores animais, que vão servir como melhoradores dos rebanhos, já que essa característica de melhor eficiência alimentar é passada de pai para filho”, explica o pesquisador. E acrescenta”

“O estado de São Paulo é o maior mercado consumidor de ovinos do Brasil em quantidade e qualidade do produto. É um mercado que cresce a cada ano. Atualmente, o estado tem cerca de dez mil propriedades rurais envolvidas com a ovinocultura, que se caracterizam por ser pequenas e familiares”.

Fonte: IZ
1102, 2022

Estudo da Embrapa registra melhores índices de precocidade sexual de novilhas em sistemas integrados de produção

Sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) e de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) podem acelerar a precocidade sexual de novilhas da raça Nelore.

A conclusão é de uma pesquisa realizada em Sinop, no estado do Mato Grosso, pelo núcleo Agrossilvipastoril da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)  e traz contribuições importantes para criadores  que trabalham com sistema de cria.

De acordo com o estudo, as melhores condições térmicas geradas pela sombra das árvores nas novilhas resultaram, nos sistemas ILP, com pastagem precedida por dois anos de lavouras de soja, em maior ganho de peso e influenciaram na espessura da gordura da garupa.

“Essas características são indicadoras de precocidade sexual em bovinos”, diz  o coordenador da pesquisa, Luciano Lopes e acrescenta:

“Quanto mais rápido o animal entrar em produção, melhor. É interessante a novilha parir o quanto antes e manter um parto por ano após a maturidade. Quanto mais cedo inicia esse ciclo, mais bezerros ela pode gerar. A precocidade depende de alguns fatores genéticos, da raça, mas o ambiente e a pastagem também podem contribuir para acelerar isso”.

Fonte: Embrapa
402, 2022

Aquicultura e Pesca: estado do Tocantins ganha frigorífico de pescado

A zona rural de Palmas, no estado do Tocantins, passou a contar com o primeiro frigorífico de processamento de peixes. De propriedade do Frigorífico Safra Pescado, o estabelecimento tem capacidade para abater até oito toneladas de peixes por dia e objetiva  fornecer produtos inspecionados, seguros e de qualidade para a população tocantinense.

“A inauguração deste frigorífico é um grande avanço para a cadeia produtiva de pescado, principalmente para esta região central do Tocantins, pois elimina um gargalo que sempre tivemos que era a falta de indústria de processamento de peixes. Chegamos a dois frigoríficos registrados no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) com boa qualidade estrutural e de equipamentos atendendo as normas sanitárias,” diz o presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Paulo Lima.

O processo de implantação do frigorífico teve iniciou em 2020 e desde outubro de 2021 a unidade  já estava apta para processar pescado. “Temos um grande potencial de pescado e não dispúnhamos de um local adequado para o processamento, o que gerava um comércio muito grande de produtos irregulares e sem inspeção, trazendo riscos para a saúde da população,” explica  o gerente de Inspeção Animal da Adapec, Antônio José de Caminha.

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