Ciência e Tecnologia

Por Adeildo Lopes Cavalcante

Ciência e Tecnologia2020-05-27T13:29:02-03:00
2806, 2022

Novidade: estudantes do Rio Grande do Norte criam sistema para identificação de caprinos

QR Bode. Este é o nome de um invento criado por duas alunas da Escola Estadual Sérvulo Pereira de Araújo Ensino Médio, localizada na cidade de Bodó, no Rio Grande do Norte (RN), para resolver um problema da região: garantir a identificação de bodes de uma forma mais segura e eficaz.

A região nordeste concentra a maior parte do rebanho nacional de caprinos, estimado em mais de 12,1 milhões de cabeças. O problema é que esses animais se caracterizam por serem furtivos (fujões). Na produção, é constante a fuga de animais para outras pastagens, o que exige marcação a ferro quente ou corte na orelha para identificação, procedimento que pode resultar em infecção no local da ferida

A ideia das estudantes Graziela da Silva Bezerra e Maria Carolina da Silva Fernandes é simples: usar o plástico de garrafa pet para envolver miniplacas com QR Code. A miniplaca é colocada no animal presa em um colar. Para identificá-lo, basta fazer a leitura do código com o leitor de uma câmera de celular. Assim, é possível acessar todos os dados do animal – nome do proprietário, raça, idade, vacinas e medicamentos, por exemplo. Segundo Graziela, essa forma de identificação também facilita o controle do rebanho nos abatedouros.

O projeto foi um dos destaques da 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), realizada em março de 2020 pela Plataforma FEBRACE Virtual (formato on-line) na Universidade de São Paulo.

Fonte: FEBRACE Virtual
2106, 2022

Nutrição animal: arroz é alternativa viável para reduzir custos de produção de suínos e Aves

Foto: Paulo Lanzetta

Estudos do núcleo  Suínos e Aves da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que, do ponto de vista nutricional, o arroz pode complementar ou substituir o milho na alimentação animal.

“A conclusão pode ser uma ótima notícia para os suinocultores e avicultores brasileiros que enfrentam os altos preços decorrentes da crescente valorização do milho e da soja”, diz o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Jorge Vitor Ludke. E acrescenta:

“Paralelamente, o excesso de oferta de arroz no mercado nacional, com uma sobra de 600 a 800 mil toneladas na safra 2020/2021, reforça a viabilidade do grão para baratear as rações de suínos e aves, que atualmente respondem por cerca de 70% a 80% do custo de produção das duas atividades”.

Segundo ele, “A Embrapa já mostrou que o arroz descascado (arroz marrom), do ponto de vista nutricional, serve perfeitamente para complementar ou substituir o milho na alimentação animal”.

1406, 2022

Aquicultura e Pesca: primeiro entreposto de pescado familiar de Minas Gerais entra em funcionamento

O primeiro entreposto de pescado familiar de Minas Gerais já está pronto e fica no Distrito de São José do Buriti, em Felixlândia, na Represa de Três Marias. O Entreposto de Pescado “Cheloni Peixe e Cia” tem capacidade para beneficiar mil quilos de peixe por dia, abrindo mais oportunidades para os piscicultores da região.

O projeto contou com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), e em 12 de abril de 2020 o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) entregou o certificado de regularidade para o empreendimento, cumprindo assim todos os passos exigidos na legislação para o funcionamento do negócio.

O entreposto é um pequeno frigorífico com sala de processamento, câmara fria e equipamentos para embalagem do peixe a vácuo, entre outros itens. O extensionista local da Emater-MG, Eli Dias Júnior, acompanhou o projeto do empreendimento desde o início, há quatro anos. “Foram inúmeras reuniões, diversas vistorias e a elaboração de estratégias para superar os obstáculos decorrentes das exigências da legislação sanitária e do alto custo de implantação do entreposto”, diz o extensionista.

Na opinião de Eli, “o entreposto vai trazer um aumento da movimentação de recursos no comércio regional, e os impactos positivos deverão ser sentidos logo. “O negócio deve gerar melhorias na comercialização de pescado da região, inclusive no mercado institucional, levando um alimento de qualidade para as escolas e demais consumidores locais”.

Atualmente, Felixlândia tem uma produção de três a quatro mil toneladas de peixe por ano e cerca de 20 piscicultores, sendo a maioria familiar. O município ocupa a posição de segundo produtor de tilápias do estado, ficando atrás apenas de Morada Nova, que tem uma produção de 13 mil toneladas ano.

Fonte: Emater-MG
1406, 2022

Piscicultura: Embrapa faz parceria para desenvolver ração específica para pirarucu

O núcleo Pesca e Aquicultura da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai desenvolver uma ração específica para pirarucu por meio de uma parceria pública privada com a empresa Peixes da Amazônia e o governo do Acre. Atualmente as rações disponíveis são baseadas em fórmulas designadas para outras espécies carnívoras. A expectativa é de que, com uma formulação específica para o pirarucu, ele tenha um melhor desenvolvimento.

“Estão envolvidos nessa parceria a empresa, que é uma sociedade anônima com 21 sócios, incluindo piscicultores, e o governo do Acre, também disposto a investir na iniciativa. A vantagem é que ela poderá ser produzida em uma planta industrial e poderemos acompanhar o desenvolvimento dos peixes depois”, diz Alexandre Aires de Freitas, chefe geral interino do núcleo Pesca e Aquicultura.

Houve uma busca ativa por fabricantes de ração que estivessem interessados em desenvolver a fórmula em conjunto com a Embrapa, e a Peixes da Amazônia foi uma das primeiras a demonstrar interesse. “Essa parceria é um desdobramento do projeto anterior, o Pirarucu da Amazônia, que contou com a participação do Sebrae e do extinto Ministério da Pesca”, explica Freitas

“Atualmente”, acrescenta Freitas, “há mais duas empresas, uma de Tocantins outra de Rondônia, em fase de negociações.  O papel da Embrapa será oferecer o know how para validação do produto, uma vez que a empresa dispõe de dados sobre digestibilidade e exigência de aminoácidos essenciais do pirarucu”.

Fonte: Embrapa
706, 2022

Apicultura: atlas da apicultura traça novo panorama do setor apícola brasileiro 

Já está no ar o Atlas da Apicultura no Brasil, uma ferramenta digital desenvolvida pela Associação Brasileira de Estudo das Abelhas (A.B.E.L.H.A.) e que consolida as principais informações disponíveis sobre a cadeia apícola do Brasil.

Dados de vários bancos – muitas vezes de difícil acesso e interpretação – estão agregadas na ferramenta em formato de gráficos, tabelas e mapas temáticos.

A plataforma oferece uma visão geral da apicultura no Brasil, com dados de produção e valor de venda de mel nos estados, número de estabelecimentos com atividade apícola em todo o território nacional e áreas com vegetação de interesse para a apicultura, entre outras informações.

Mas é na integração da apicultura com a agricultura que o Atlas traz uma ferramenta inovadora que pode contribuir para o desenvolvimento de ambas as atividades. A plataforma traz mapas temáticos que apontam a distribuição de florestas e cultivos agrícolas que são ótimos pastos apícolas e, logo, de interesse para a criação de abelhas.

É o caso da laranja, maçã, melão, café, melancia e soja, entre outros. Essas informações são valiosas também para o agricultor, uma vez que as abelhas contribuem para a produtividade dessas variedades com o serviço de polinização. No caso do café e da laranja, por exemplo, a visita de abelhas às flores pode elevar em 30% a produção, além de gerar frutos de melhor qualidade.

Fonte: A.B.E.L.H.A
706, 2022

Novidade: UFRRJ e UFV desenvolvem o superburro

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), localizada na cidade do mesmo nome em Minas Gerais, desenvolveram, dentro de um projeto inédito no Brasil, o que denominaram de superburro.

Ele é fruto do cruzamento do jumento Pêga com égua da raça Bretã, originários, respectivamente, do Brasil e da França.

Como a raça Bretã é robusta e forte, os híbridos oriundos desse cruzamento são animais de grande força e muitas vezes com andamento marchado.

O superburrro (de peso que varia de 500 quilos a mil quilos), é resistente a temperaturas altas e adaptado a terrenos acidentados. Comparado com o cavalo, ele tem maior recuperação e menor consumo de água após uma jornada diária de trabalho de cinco horas.

Fonte: UFRRJ
3105, 2022

UFRRJ, UFG e Embrapa desenvolvem tecnologia inovadora para controle do carrapato que ataca bovinos

Pesquisadores de três instituições públicas de pesquisas – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) – desenvolveram e testaram uma tecnologia inovadora para o controle do carrapato Rhipicephalus microplus, ectoparasita (verme) que vive na pele dos animais e que causa perdas econômicas elevadas aos criadores, envolvendo a produção de carne e de leite.

Como a maior parte dos carrapatos das criações de bovinos encontra-se no solo ou na pastagem, nos estágios de ovos e larvas recém-eclodidas, os pesquisadores estudaram a aplicação direta na pastagem de formulações granulares secas de Metarhizium robertsii, um microrganismo do grupo de fungos conhecido como entomapatogênicos, isto é, capazes de causar doença em insetos

Segundo o pesquisador Allan Felipe Marciano, da UFRRJ, “para o controle do ectoparasita foram utilizadas formulações baseadas em duas formas do fungo, microscleródios e blastosporos. Ambas são obtidas do processo de fermentação líquida”.

E acrescenta: “O uso do inimigo natural mostrou-se bem-sucedido nas condições realizadas. A pesquisa demonstra que aplicar o acaricida biológico nas pastagens pode ser uma técnica efetiva para controle da população de carrapatos no ambiente, e assim reduzir a infestação dos bovinos. Além de reduzir significativamente o número de larvas do ectoparasita durante a estação úmida, com mais de 60% de eficácia, a formulação fúngica também foi considerada uma tecnologia sustentável e de baixo custo”.

Fonte: UFRRJ
2405, 2022

Epamig cria e disponibiliza aplicativo gratuito para gerenciar custos na atividade leiteira

A maioria dos criadores de gado leiteiro de Minas Gerais não registra os dados de despesas e receitas de atividades leiteiras e, assim, não realiza a apuração dos custos de produção. A informação consta de estudos realizados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária daquele estado (Epamig).

Para ajudar a solucionar o problema, a Epamig desenvolveu o aplicativo de Gerenciamento de Custos na Atividade Leiteira (Gercal) destinado, principalmente, aos pequenos criadores.

Segundo o pesquisador do órgão, Djalma Pelegrini, a falta de controle dos custos na atividade leiteira afeta os negócios de maneira negativa. Para ele, o produtor, após prejuízos constantes, pode até ser levado a desistir da atividade.

“Quando não registramos as despesas, corremos o risco de realizar gastos além do necessário, o que impacta diretamente nas contas. Além disso, quando não controlamos os custos, perdemos a oportunidade de fazer o planejamento econômico-financeiro da propriedade e de realizar compras no momento adequado”, diz Djalma Pelegrini, que participou do processo de idealização do sistema.

O Gercal é um aplicativo para celular que estima os custos de produção de leite e auxilia os produtores na contabilidade gerencial das propriedades dedicadas à produção de leite.

Fonte: Epamig
1705, 2022

Novidade: MSD Saúde Animal lança máquina de vacinação automática de tilápias com tecnologia 100% brasileira

Desenvolvida pela MSD Saúde Animal, empresa que atua no mercado da cadeia industrial de criação de tilápias, a máquina – denominada AutoFish™- DC 5000 – possibilita a padronização no processo de vacinação injetável de tilápias, aumentando em 316,6% a capacidade produtiva da atividade quando comparada com a vacinação manual.

Atualmente, a vacinação manual apresenta produtividade média de, aproximadamente, 1.200 peixes por hora, por pessoa. A AutoFish™- DC 5000, por sua vez, tem capacidade de operar até 5.000 peixes por hora, por pessoa, além de possibilitar mais segurança e padronização ao processo de vacinação e à contagem dos animais.

“O fato de ser uma tecnologia totalmente brasileira aumenta a capacidade de acesso perante outras tecnologias importadas, devido ao custo mais acessível; no entanto, com o mesmo potencial produtivo”, diz Rodrigo Zanolo, gerente de mercado de aquicultura da empresa. E acrescenta:

“As novas soluções, resultados da união entre ciência e tecnologia, permitem à indústria atingir novos patamares de produtividade em vacinações e, assim, atender à demanda de tecnologias capazes de prover mais saúde e bem-estar animal, bem como facilitar as operações de grande volume”.

Fonte: MSD Saúde Animal
1005, 2022

Embrapa cria protocolo para tratamento da pseudogestação, doença que afeta cabras e ovelhas

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desenvolveram um protocolo para tratamento da pseudogestação ou hidrometra, uma doença que afeta principalmente cabras leiteiras, comprometendo seu desempenho reprodutivo e trazendo prejuízos econômicos aos criatórios de cabras.

O método, que já vem sendo usado com sucesso em diferentes criatórios de cabras e ovelhas de regiões brasileiras, se baseia na utilização de três doses do hormônio prostaglandina, que ajuda a drenar o fluido uterino e estimula a ocorrência de cio e a ovulação.

A enfermidade é bastante comum nos rebanhos leiteiros de alta produção. Ela avança de forma lenta e só é diagnosticada clinicamente depois de estabelecida.

Por isso, os pesquisadores recomendam uma avaliação periódica do rebanho com realização de ultrassonografia, a fim de identificar precocemente e minimizar o prejuízo econômico causado pela doença.

305, 2022

Embrapa cria e valida método para manipulação segura de ovos em pequenos criatórios

Para garantir a segurança e a qualidade do ovo produzido por pequenos produtores uma equipe de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu e validou um método para manipulação segura de ovos.

Os protocolos para pequenos produtores estão detalhados em um guia destinados a avicultores, disponível no Portal Embrapa.

A orientação é que os avicultores sigam o protocolo estabelecido para proteção de sua saúde e evitem a contaminação do produto, executando uma sequência de seis etapas, desde a coleta nos ninhos.

Para isso, os pesquisadores reuniram um conjunto de procedimentos de segurança que visam prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes à produção de ovos em pequena escala, capazes de comprometer a saúde humana.

“A base das recomendações é que os ovos produzidos sejam o mais limpo possível, evitando a contaminação por fezes, microrganismos presentes no ambiente de produção e garantindo a segurança do produtor e do consumidor”, diz o pesquisador da Embrapa, Eduardo Walter, líder do projeto OvOLimp.

1804, 2022

Piscicultura: nível de proteína na dieta afeta crescimento de pacu

Estudo coordenado pelo núcleo Meio Ambiente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal do Paraná e da Itaipu Binacional, demonstrou que o nível de proteína na dieta afeta significativamente o crescimento, consumo de ração e a composição corporal dos juvenis (filhotes) de pacu em sistema bioflocos (recurso que permite que a água utilizada na piscicultura dure muito mais tempo do que o normal).

O pacu é uma espécie nativa que se destaca pelo rápido crescimento, rusticidade, aceitação pelo mercado consumidor, além da adaptação a diversos sistemas de produção.

O sistema bioflocos permite altos índices de produtividade com baixo impacto ambiental, onde a biomassa microbiana, com alto teor proteico (estimada em 50%), pode ser aproveitada como alimento complementar, o que potencialmente permite a redução do custo de produção.

“Uma vez que os custos com o alimento industrializado estão diretamente relacionados com a quantidade de proteína presente na dieta, a definição do nível proteico adequado para determinada fase, espécie e sistema de produção é essencial, pois a alimentação pode representar até 70% do custo de produção”, diz o pesquisador Hamilton Hisano do núcleo.

1704, 2022

Bovinos: pesquisa da UFLA mostra que nova técnica de inseminação artificial aumenta taxa de prenhez de vaca

A inseminação artificial é uma biotecnologia importante para melhorar o desempenho da pecuária. No Brasil, mais de oito milhões de vacas são inseminadas ao ano, ou seja, ficam prenhas a partir da administração do uso do sêmen congelado do touro introduzido na vagina da fêmea.

A fim de aumentar a eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos, uma pesquisa do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, mostra que é possível reduzir para 22 dias o intervalo entre inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Até então, o prazo era de 40 dias.

A inseminação artificial em tempo fixo, batizada com a sigla IATF, é o método mais utilizado para facilitar o manejo do gado nas últimas décadas, porque elimina a necessidade de monitorar o cio da vaca. O método usa hormônios que induzem a ovulação da vaca e possibilita a inseminação em dia programado.

Ele permite inseminar um grande número de fêmeas em um mesmo dia, sem a observação de cio.

“Se antes era possível realizar três inseminações em tempo fixo em um intervalo de 80 dias, o estudo mostra  que agora é possível reduzir esse intervalo para 44 dias”, explica o pesquisador José Nélio de Sousa Sales.

Fonte: UFLA
1404, 2022

Inovação: Brasil conta com nova técnica para reprodução equina

O Brasil já dispõe da técnica de reprodução de animais de alto valor genético com o uso do processo de reprodução in vitro ICSI (sigla em inglês de Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide). Ela possibilita a formação de embriões in vitro a partir de uma injeção de um único espermatozoide dentro de cada óvulo.

Até pouco tempo, a reprodução de animais por meio da técnica ICSI, era oferecida por apenas cinco laboratórios em todo o mundo, localizados nos Estados Unidos e na Europa.

No Brasil, essa técnica pioneira também já está disponível comercialmente para criatórios de equinos de todo país, através da empresa In Vitro Brasil Clonagem.

Localizada em Mogi Mirim, São Paulo, essa empresa é especializada na reprodução in vitro de embriões de equinos pela técnica ICSI.

“Na inseminação artificial convencional necessitamos de um mínimo de 150 milhões de espermatozoides viáveis, enquanto na ICSI só precisamos de um; sendo assim, essa técnica tem a vantagem de permitir a produção de gestações utilizando um sêmen de baixa qualidade, ou raro, ou ainda de alto custo, como é o caso de sêmen congelado comercializado por palheta de plástico”, diz a veterinária Perla Fleury, uma das responsáveis pela técnica inovadora no Brasil.

Ela ressalta que a tecnologia também possibilita a produção de embriões de éguas, que não respondem mais à técnica convencional de transferência de embriões, em razão de diversos problemas reprodutivos.

1304, 2022

Embrapa: sombra artificial de criação de gado em confinamento reduz consumo de água do rebanho

Pesquisadores de vários centros da Embrapa têm comprovado que a sombra proporciona, além de bem-estar aos animais, eficiência na produção. Experimento realizado pelo núcleo Pecuária Sudeste da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em São Carlos (SP), avaliou o impacto do efeito do sombreamento artificial sobre as características fisiológicas, comportamentais e de desempenho de animais da raça Nelore.

Segundo o pesquisador Júlio Palhares “os animais que tiveram acesso à sombra consumiram diariamente, em média, três litros de água a menos que o gado que estava a pleno sol”. Outro dado importante da pesquisa foi a produtividade hídrica (relação do peso de carne produzido por litros de água utilizados). Ela foi 10,37% maior nas condições de sombra.

Para ele, “os criadores devem estimular a implementação de tecnologias que ajudem a reduzir o impacto das mudanças climáticas e dar mais conforto aos animais e, ainda, melhorar a produtividade hídrica”.

E acrescenta:

“O experimento realizado pelo núcleo mostrou que a sombra artificial influenciou no consumo de água e manteve o desempenho animal”.

Fonte: Embrapa
804, 2022

Saúde Animal: novo kit acelera o diagnóstico da tuberculose bovina

Desenvolvido pelo núcleo  Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizado em Campo Grande (estado de Mato Grosso), o novo kit se caracteriza por obter alto índice de acerto na detecção da tuberculose bovina, doença responsável por perdas anuais de cerca de US$ 3 bilhões na pecuária de corte mundial.

A inovação está em associar o método Elisa (sigla inglesa para ensaio de imunoadsorção enzimática) ao teste intradérmico, atualmente o único oficial para a tuberculose bovina no Brasil.

“O kit apresenta como vantagens a praticidade, rapidez e possibilidade de testar várias amostras em curto espaço de tempo, além de automação na obtenção dos resultados, baixo custo e fácil padronização para uso em diferentes laboratórios”, diz o núcleo e acrescenta:

“Animais com diagnóstico de tuberculose têm sua produtividade afetada apresentando quedas no ganho de peso, diminuição da produção de leite e condenação de carcaças”.

104, 2022

Unesp desenvolve equipamento para obter altura ideal da pastagem para o gado

Essa prática agora se tornou possível graças a um equipamento criado pela UNESP Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, que automatiza a medição da altura da pastagem. A medição é feita por meio de ultrassom, dispensando assim técnicas manuais que fazem uso de régua ou trena.

Desenvolvido pelo zootecnista Leandro Coelho de Araújo, professor no Departamento de Biologia e Zootecnia, e pelo engenheiro mecânico Douglas Domingues Bueno, professor no Departamento de Matemática do núcleo Ilha Solteira da Unesp, “o equipamento é capaz de realizar dezenas de registros por minuto, cobrindo uma área muito maior e com muito mais precisão que a medição manual, permitindo uma maior eficiência de pastejo”, explica Araújo.

“Essa busca pelo ótimo, acrescenta, é o que se chama hoje em dia de Zootecnia de Precisão: cada dia que você perde com os animais abaixo da sua eficiência de pastejo resulta em menor produtividade para o produtor”,

O equipamento apresenta outra vantagem: é de pequeno porte e, por isso, pode ser acoplado a um drone, permitindo o registro e o cálculo da altura do capim de grandes áreas destinadas à pecuária.

Fonte: Unesp
2503, 2022

Saúde animal: Embrapa desenvolve detector de prenhez para bovinos e equinos

O núcleo Instrumentação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizado em São Carlos (SP), desenvolveu um equipamento portátil e de custo acessível, que permite diagnosticar no campo, de forma rápida, com o uso de ultrassom, a prenhez em éguas com gestação de 22 dias e, em vacas a partir de 35 dias.

Em relação ao método tradicional da apalpação, possibilita o manejo mais adequado dos animais, ao realizar o diagnóstico mais cedo, além de evitar o chamado “falso positivo”, que pode ocorrer quando o feto está morto e também levar à morte da fêmea prenha.

1803, 2022

Criador de bovinos do Paraná ordenha vacas com robô e faz sucesso na produção de leite

O engenheiro agrônomo Rodrigo Henrique Moreto, proprietário da Fazenda 2M, em Munhoz de Melo, no Paraná, resolveu investir em um rebanho de animais da raça leiteira Jersey dentro de um projeto no qual as vacas são ordenhadas por robôs.

“Atualmente, graças a dois robôs – fabricados pela empresa holandesa Lely –, instalada no Paraná, estamos produzindo 30 litros por animal/dia” , diz Moreto, acrescentando que “essa era uma meta prevista em nosso plano de negócio para alcançarmos apenas em três anos, mas o atingimos em oito meses; isso por causa da quantidade de informação e qualidade da ordenha proporcionada pela tecnologia Lely”.

Moreto ressalta que o uso dos robôs abre novas possibilidades de programação de manejo do rebanho, e os benefícios são vistos no leite, como a taxa exata de gordura e proteína individual por animal. “Como recebemos e somos cobrados também por qualidade, consideramos esse parâmetro muito importante para o sucesso de nossa atividade”, explica.

Segundo ele, “o ambiente de trabalho também mudou; hoje os colaboradores atuam em um horário quase comercial, sem a necessidade de levantar-se às 4 horas da manhã e trabalhar até o anoitecer, como é comum na lida do campo”.

“Para o futuro”, acrescenta o criador, pretendemos ampliar a propriedade e, em um médio prazo, chegar a oito robôs e atingir a meta de 18 mil litros/dia; a estrutura já está pronta, estamos esperando mesmo estabilizar o nosso rebanho, que ainda é muito jovem e tem alta capacidade de produção”.

1103, 2022

Embrapa desenvolve material de referência de nutrientes em ração para uso como padrão de análises em diferentes laboratórios

Laboratórios de fábricas de ração para peixes estão adotando como padrão o material de referência desenvolvido por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na análise de nutrientes e controle da qualidade do produto destinado à alimentação de tilápias. A tecnologia permite resultados seguros, evita prejuízos aos produtores e reduz custos no processo.

O químico Aparecido Matsuda, responsável pelos laboratórios da fábrica de rações Matsuda, atesta a aceitação da tecnologia pelo mercado. “Quando um cliente vem visitar nossa fábrica e questiona nossas análises da ração, mostramos a eles que utilizamos o material de referência da Embrapa. É um diferencial.”

Materiais de referência são produtos que contribuem para a segurança dos resultados de análise laboratorial feita por fábricas de ração e serviços de controle de qualidade. São empregados na calibração de equipamentos de laboratório, avaliação de métodos analíticos, treinamento, acompanhamento e avaliação de operadores e no controle interno de qualidade e avaliação da qualidade externa dos resultados de análises laboratoriais.

“Eles têm importância para o setor produtivo por contribuir com a geração de resultados analíticos confiáveis no controle da qualidade de rações”, explica a pesquisadora Ana Rita Nogueira, do núcleo Pecuária Sudeste da Embrapa, responsável pelo desenvolvimento do material.

Fonte: Embrapa
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